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GERAL

Novas diretrizes para hipertensão: O que muda na classificação da pressão arterial

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A hipertensão, comumente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada por níveis elevados de pressão arterial. Tradicionalmente, um valor de 12 por 8 (ou 120/80 mmHg) era considerado normal. No entanto, novas diretrizes divulgadas pela Sociedade Europeia de Cardiologia mudaram essa perspectiva, agora considerando a pressão “12 por 8” como elevada.

Mudanças Importantes nas Classificações

Apresentadas durante o Congresso Europeu de Cardiologia, em Londres, as novas diretrizes redefinem as categorias de pressão arterial, simplificando-as em três grupos:

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1. Pressão Arterial Não Elevada: Abaixo de 120/70 mmHg.
2. Pressão Arterial Elevada: Entre 120/70 mmHg e 139/89 mmHg.
3. Hipertensão Arterial: Acima de 140/90 mmHg.

Essas alterações visam reconhecer que a transição de uma pressão normal para hipertensão não ocorre de forma abrupta, mas sim de maneira gradual, o que pode ser crucial para intervenções precoces, especialmente em pacientes com maior risco cardiovascular.

Riscos Associados à Pressão Elevada

A médica Fernanda Consolim-Colombo, especialista em hipertensão, alerta que a pressão arterial elevada por longos períodos pode aumentar significativamente o risco de sérios problemas de saúde, como infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Por isso, a nova categorização é vista como um passo positivo para alertar os pacientes sobre a necessidade de mudanças no estilo de vida.

Tratamento Personalizado

As novas diretrizes também recomendam que o tratamento da hipertensão seja ajustado conforme o nível de pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares. Para aqueles com hipertensão, a combinação de mudanças de estilo de vida e medicação é essencial desde o início do tratamento.

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Para pacientes com pressão arterial elevada, o plano de ação varia:

-Sem risco aumentado: Implementar mudanças no estilo de vida por 6 a 12 meses. Se não houver melhora, discutir medicação.

-Com risco elevado: Iniciar mudanças no estilo de vida por três meses, seguidos de uma avaliação para a introdução de medicamentos, caso a pressão permaneça alta.

Medição da Pressão Arterial

As diretrizes também incluem orientações práticas para a medição da pressão arterial, tanto em consultórios quanto em casa. Para medições domiciliares, recomenda-se:

-Realizar duas medições com intervalo de 1 a 2 minutos, duas vezes ao dia, por um mínimo de 3 e um máximo de 7 dias.

-Utilizar um medidor validado e medir em um ambiente tranquilo após 5 minutos de repouso.

No consultório, a pressão deve ser medida após 5 minutos de descanso, com o paciente sentado confortavelmente. Três medições devem ser feitas, respeitando intervalos de 1 a 2 minutos.

Essas novas diretrizes representam uma evolução significativa na abordagem da hipertensão, enfatizando a importância de intervenções precoces e personalizadas. Com a mudança na classificação da pressão arterial, espera-se que mais pacientes se conscientizem sobre sua saúde cardiovascular e adotem medidas preventivas para evitar complicações futuras. A comunicação clara entre médicos e pacientes será fundamental para o sucesso desse novo paradigma no tratamento da hipertensão.

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