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POLÍTICA

Apenas duas capitais elegem mulheres nas eleições municipais 2024

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Com a divulgação do resultado do segundo turno, realizado neste domingo, 27, as eleições municipais de 2024 se encerram com o balanço de apenas duas mulheres eleitas prefeitas nas 26 capitais brasileiras. Nenhuma havia sido eleita no primeiro turno; no segundo, sete estavam na disputa.

Só Campo Grande (MS) e Aracaju (SE) elegeram mulheres, as primeiras a serem eleitas em ao menos 20 anos nessas cidades, segundo levantamento feito pelo Terra. Na primeira, inclusive, a disputa do segundo turno foi inteiramente feminina, com as candidatas Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União).

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Com 100% dos votos apurados, Adriane teve 51,45% e vai permanecer no cargo que ocupa desde 2022, quando Marcos Trad (PSD), de quem era vice, renunciou para tentar o governo do Estado.

Já em Aracaju, que nunca antes teve uma prefeita mulher, Emilia Correa (PL) teve 57,46% dos votos contra 42,54% de Luiz Roberto (PDT).

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Confira abaixo as capitais em que mulheres disputavam e os percentuais de voto:

Porto Velho (RO): Léo (Podemos), 56,18% x Mariana Carvalho (União), 43,82%;
Palmas (TO): Eduardo Siqueira (Podemos), 53,03% x Janad Valcari (PL), 46,97%;
Natal (RN): Paulinho Freire (União) 55,34% x Natália Bonavides (PT), 44,66%;
Aracaju (SE): Emilia Correa (PL), 57,46% x Luiz Roberto (PDT), 42,54%;
Campo Grande (MS): Adriane Lopes (PP), 51,45% x Rose Modesto (União), 48,55%;
Curitiba (PR): Eduardo Pimentel (PSD), 57,64% x Cristina Graeml (PMB), 42,36%;
Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB), 61,53% x Maria do Rosário (PT), 38,47%.

Mulheres na política

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Segundo dados da Consultoria-Geral da Câmara dos Deputados, ainda referente ao primeiro turno, as mulheres são 18% dos eleitos nas prefeituras em 2024, valor dois pontos percentuais acima do de 2020, quando se aproximou de 16%.

O percentual, porém, ainda é muito distante do que preconiza referências internacionais, segundo acrescenta a professora de Ciência Política na PUC-Rio, Alessandra Faria. “Outros países chegam a ter 50% de participação das mulheres, por exemplo, em parlamentos, ou mesmo em cargos do executivo”, diz.

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As mulheres não chegam nem a se candidatar na mesma proporção que homens para o cargo de prefeito, por exemplo. Segundo o levantamento do Terra, nos últimos 20 anos, 1.078 homens postularam ao cargo de chefes do Executivo municipal nas capitais do País, contra 222 mulheres postulantes.

 

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