RIO BRANCO
Policiais Penais do Acre denunciam condições precárias de trabalho no Presídio Francisco de Oliveira Conde
Neste terça-feira, 29, o Sindicato dos Policiais Penais do Acre (SINDPOL/AC) divulgou uma nota pública denunciando as alarmantes condições de trabalho enfrentadas pelos agentes na Divisão de Estabelecimentos de Regime Fechado (DEPRF), popularmente conhecida como “Chapão”, localizada no presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco.
De acordo com Éden Azevedo, presidente do sindicato, a inspeção no local foi realizada na semana anterior, após solicitação dos policiais que atuam na divisão. O principal objetivo da visita foi expor as condições adversas enfrentadas pelos profissionais. Azevedo destacou problemas sérios, como esgoto a céu aberto, alojamentos e guaritas sem portas e janelas, mesmo durante o rigoroso inverno amazônico. Além disso, pavilhões estão infestados por pombos, o que representa um risco significativo à saúde e segurança dos servidores, devido à possibilidade de transmissão de doenças.
O presidente do SINDPOL/AC ressaltou que a situação remete a práticas arcaicas de instituições penais, sugerindo um retrocesso no sistema prisional: “Fica então o questionamento: onde estão nossos gestores? Onde estão os órgãos responsáveis pela fiscalização? Quem poderá ajudar a Polícia Penal e garantir um ambiente de trabalho minimamente digno para seus servidores?”, indagou.
O sindicato reafirmou seu compromisso com a categoria e prometeu continuar a pressionar por melhorias nas condições de trabalho dos policiais penais.
Em resposta às preocupações levantadas, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) emitiu uma nota afirmando que prioriza a segurança dos policiais penais. O instituto destacou que tanto sua gestão quanto a da Unidade de Regime Fechado estão comprometidas em promover melhorias nas condições de trabalho na divisão, embora a falta de ações concretas ainda permaneça uma preocupação para os profissionais da área.
Esse cenário exige atenção urgente das autoridades competentes para garantir um ambiente de trabalho seguro e digno para aqueles que atuam na segurança pública.