POLÍTICA
Marina Silva: Brasil lidera na luta contra o desmatamento e defende a Biodiversidade na COP16
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou os avanços do Brasil na proteção da Amazônia e na defesa da biodiversidade durante o segmento de alto nível ministerial da COP 16, realizada em 29 de outubro.
Marina celebrou a redução significativa do desmatamento na Amazônia, com uma queda de 50% em 2023 e mais de 30% em 2024. Essa conquista, segundo a ministra, demonstra o compromisso do governo brasileiro com a preservação da floresta e com o cumprimento da meta de zerar o desmatamento até 2030, anunciada pelo presidente Lula.
Além disso, Marina ressaltou a liderança do Brasil no G20, onde o país defendeu a necessidade de ações urgentes para proteger os ativos naturais e garantir o equilíbrio do planeta. Para isso, o Brasil propôs o “Fundo Florestas Tropicais para Sempre”, que visa fornecer apoio financeiro permanente aos países tropicais que conservam suas florestas.
O fundo, que já conta com o apoio da Alemanha, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Malásia e Noruega, visa remunerar os países em desenvolvimento que protegem suas florestas tropicais, investindo em ativos verdes e utilizando os retornos para a manutenção das florestas. O lançamento oficial do mecanismo está previsto para a COP 30, em Belém, em novembro de 2025.
A ministra também mencionou outras iniciativas importantes para a proteção da biodiversidade, como o Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa, que prevê a recuperação de 12 milhões de hectares, e o Programa Áreas Protegidas da Amazônia, que visa promover a inclusão socioeconômica das comunidades locais.
Marina defendeu a necessidade de avançar nas negociações internacionais sobre os meios de implementação do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal e repensar a arquitetura global de financiamento, incluindo o Fundo Global para o Meio Ambiente. Ela também enfatizou a importância da participação dos povos indígenas e das comunidades tradicionais nas decisões sobre o uso do patrimônio genético.
A ministra concluiu seu discurso com um chamado à ação: “Que sejamos capazes de chegar a uma solução que viabilize uma saída para esse impasse. Nossas discussões serão capazes de chegar à construção de parcerias entre nossos países, que viabilizem a implementação das metas ambiciosas que estabelecemos, inclusive por meio da promoção da sinergia entre as Convenções da Rio 92. Tenho fé que nossos empenhos e compromissos, lastreados na justiça, equidade e cooperação, poderão gerar um constrangimento ético sobre aqueles que, apesar de todos os sinais e alertas da natureza e da ciência, ainda não foram capazes de se mover na velocidade e urgências necessárias”.
O discurso de Marina Silva demonstra a importância do Brasil como líder global na luta contra o desmatamento e a defesa da biodiversidade. Através de ações concretas e iniciativas inovadoras, o país busca garantir a proteção dos seus recursos naturais e contribuir para a construção de um futuro sustentável para o planeta.