POLÍCIA
‘Tô fazendo o máximo’, diz Ronnie Lessa ao se desculpar pela execução de Marielle e Anderson
Após seis anos e meio das execuções de Marielle Franco e Anderson Gomes, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, os réus confessos do caso, são julgados pelo caso nesta quarta-feira, 30. Ao ser interrogado, Lessa frisou ter “ficado cego” com a proposta do assassinato, que renderia a ele R$ 25 milhões, e pediu desculpas às famílias de Marielle, de Anderson e à sua própria pelas execuções.
Ele disse que já tirou um “peso das costas” confessando o crime e que seguirá dando “continuidade a isso para amenizar a angústia de todos”.
“Tô fazendo o máximo, vou cumprir o meu papel até o final. E tenho certeza absoluta que a Justiça vai ser feita. Ninguém vai ficar de fora”, complementou.
O julgamento teve início por volta de 9 horas da manhã e segue em andamento. Acompanhe no Terra.
Suas últimas falas no julgamento também foram com pedidos de desculpas. Em resposta à pergunta de jurados, Ronnie Lessa disse que, na época em que recebeu o convite para executar Marielle Franco, ele tinha tendências suicidas e chegava a beber cinco garrafas de whisky.
Ele também disse nunca ter tido acompanhamento psicológico. “A polícia nunca me deu. Não existe um acompanhamento. Não tem. Então, na verdade, você fica sequelado sim”, disse.
“É um desabafo. Sei que ninguém tem que ouvir isso e que isso também não justifica a besteira que eu fiz, a covardia que eu fiz. Nada disso justifica”.
“Perder um filho deve ser uma das coisas mais tristes do mundo. Perder um marido deve ser terrível. E eu fiz isso com a Marielle e o Anderson”.