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Caso Marielle: tempo de prisão de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pode ser bem menor que a condenação; entenda

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Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, executores confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, terá o tempo de prisão reduzido em razão de um acordo de colaboração premiada. Réus confessos, eles foram condenados nesta quinta-feira, 31.

Lessa, que atirou contra a vereadora e seu motorista, foi condenado a 78 anos de prisão, 9 meses de reclusão e 30 dias de multa. Já Queiroz, que dirigiu o veículo no dia do crime, foi condenado a 59 anos de prisão, 8 meses de reclusão e 10 dias de multa. A execução da pena, no entanto, deve ser bem menor.

Ao confessar um crime, o suspeito ou réu, automaticamente, tem sua pena final atenuada. Lessa e Queiroz assinaram acordos de delação premiada em que foi estipulada uma pena máxima a ser cumprida pelos dois:

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Élcio Queiroz ficará preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado;
Ronnie Lessa ficará preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado e mais 2 anos em regime semiaberto.

Esses prazos começam a contar na data em que foram presos, em 12 de março de 2019. Ou seja, 5 anos e 7 meses serão descontados das penas máximas. Assim, Élcio pode deixar a cadeia em 2031, e Lessa pode ficar livre em 2039.

Delação

Os acordo levaram ao avanço das investigações –principalmente em relação aos mandantes do crime. São réus no processo:

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime;
O delegado Rivaldo Barbosa, que seria o mentor do assassinato;
O ex-policial militar Robson Calixto, conhecido como Peixe, ex-assessor de Domingos Brazão e que, segundo as investigações teria ajudado a dar sumiço na arma do crime;
E o Major Ronald Paulo Alves Pereira, encarregado de monitorar a rotina da parlamentar, segundo a delação de Ronnie Lessa.

 

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