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POLÍTICA

Escândalo de emendas: CGU mira ONG beneficiada por Perpétua Almeida

Publicado em

A Controladoria-Geral da União (CGU) está analisando 20 Organizações Não Governamentais (ONGs) que receberam R$ 515 milhões em emendas parlamentares entre 2020 e 2024. A investigação abrange a Associação Moriá, que recebeu R$ 3,1 milhões da ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB/AC) para o desenvolvimento de jogos educacionais digitais no Acre.

A investigação, sob ordem do ministro Flávio Dino do STF, visa esclarecer o uso dos recursos, a capacidade técnica das ONGs, a transparência das contratações e o cumprimento dos objetivos dos projetos. A lista de ONGs investigadas, que inclui entidades beneficiadas por emendas de diversos partidos, foi elaborada a pedido de Dino, que busca maior transparência nos repasses parlamentares, incluindo emendas individuais (“Pix”) e de relator.

A investigação da CGU sobre a Associação Moriá, que já recebeu R$ 20,3 milhões em emendas de diversos políticos, tem como foco o uso de R$ 3,1 milhões destinados a um programa de jogos digitais educacionais para o Acre, chamado JEDIS.

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O programa, anunciado pela ex-deputada Perpétua Almeida em outubro, visa promover o desenvolvimento de habilidades digitais em jovens entre 14 e 25 anos, com aulas presenciais de cinco modalidades de e-sports. A ex-deputada destacou o potencial do programa para a formação de profissionais no mercado digital, com oportunidades em áreas como desenvolvimento de games, programação de dados e marketing digital.

O senador Izalci Lucas (PL-DF) também direcionou R$ 7,5 milhões para a ONG, alegando que o projeto possui pareceres favoráveis do Ministério do Esporte. A ex-deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) destinou R$ 500 mil para um evento de jogos digitais em Brasília.

A Associação Moriá, em nota, afirmou que suas operações são transparentes e que o Ministério do Esporte revisa seus planos de trabalho. A ONG negou irregularidades e garantiu que os recursos foram aplicados de acordo com padrões de compliance e transparência.

A CGU esclareceu que a investigação não presume irregularidades, mas visa garantir o interesse público e a transparência no uso de emendas parlamentares. A investigação sobre a Associação Moriá e o JEDIS no Acre está em andamento.

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