POLÍTICA
Trump diz que Milei é seu ‘presidente favorito’, afirma porta-voz
Durante uma ligação telefônica nesta terça-feira, 12, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, referiu-se ao chefe de Estado argentino, Javier Milei, como seu “presidente favorito”. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.
Encontro e alinhamento ideológico
Este foi o primeiro contato oficial entre os líderes desde a eleição de Trump, ocorrida na semana passada, e antecede a visita de Milei aos Estados Unidos, onde ele participará de uma série de compromissos. Entre eles, está prevista uma reunião com Trump e outro encontro com o empresário Elon Musk, dono da rede social X e CEO da Tesla, entre outras empresas. Milei também participará da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), que acontecerá em Mar-a-Lago, resort particular de Trump.
A aproximação entre os líderes acontece em um momento em que o governo argentino vê com otimismo a vitória do republicano. A expectativa é de que um alinhamento político entre os dois países possa facilitar o acesso da Argentina a recursos do Fundo Monetário Internacional, necessários para enfrentar a crise econômica no país.
A admiração entre Milei e Trump não é novidade. Em fevereiro, durante uma edição da CPAC em Washington, D.C., os dois se encontraram pessoalmente. Na ocasião, Trump elogiou Milei, que estava há poucos meses na presidência, dizendo que ele estava fazendo um “grande trabalho” na Argentina.
Após a vitória de Trump, Milei publicou em suas redes sociais uma mensagem de apoio ao republicano, afirmando que a Argentina estava pronta para colaborar com ele na missão de “tornar os Estados Unidos grande novamente”. Em sua mensagem, também expressou a esperança de que o apoio americano pudesse impulsionar o desenvolvimento da Argentina.
Consequências da reeleição de Trump para suas ações judiciais
O ex-presidente Donald Trump deve se apresentar ao tribunal de Nova York no dia 26 de novembro para ser sentenciado após condenação por 34 acusações de falsificação de registros comerciais. As acusações referem-se a um esquema de pagamento oculto durante a campanha presidencial de 2016.
O juiz Juan Merchan estabeleceu um prazo até 12 de novembro para decidir sobre um pedido de anulação da condenação, com base em uma recente decisão da Suprema Corte, que reconheceu certo grau de imunidade judicial para presidentes. A decisão do juiz poderá alterar o desfecho do caso, levando em conta os novos parâmetros de proteção jurídica definidos para ocupantes da presidência.