POLÍCIA
Homem que matou colega de trabalho que lhe negou um beijo não se arrepende, diz polícia
Marcelo Junior Bastos Santos, que assassinou Cintia Ribeiro por ela se negar a beijá-lo, prestou depoimento de forma fria e não demonstrou arrependimento dos crimes que cometeu, segundo informações da Polícia Civil de Goiás.
Marcelo, que era colega de trabalho de Cintia, confessou que matou a mulher na casa em que ambos trabalhavam, em Goiânia. Até o momento, a Defensoria Pública do Estado de Goiás não se pronunciou sobre o caso. O órgão é responsável pela defesa do criminoso, visto que ele não contratou um advogado.
O criminoso está detido desde o final da tarde de terça-feira (5), um dia após cometer o assassinato. Ele foi indiciado por quatro crimes: feminicídio, ocultação de cadáver, tentativa de estupro e furto.
“Ele matou a vítima estrangulada, isso gera o crime de feminicídio. Foi também indiciado por tentativa de estupro, que ele mesmo relata que tentou beijar a vítima à força. Responde também pela ocultação do cadáver em um lote vizinho, e também pelo furto das alianças e do anel de noivado da vítima, encontrados dentro da carteira dele. Ele não respeita que uma mulher possa rejeitar os seus desejos e agora certamente vai responder pelo que ele fez”, disse o delegado Carlos Alfama, em depoimento à Globo.
O que aconteceu?
O caso começou a ser investigado após o marido de Cintia Ribeiro informar seu desaparecimento às autoridades. Quando agentes conversaram com Marcelo, que trabalhava na mesma residência que Cintia, ele afirmou que ela não tinha comparecido ao posto naquele dia. Entretanto, em rápida análise nas câmeras de segurança ficou comprovado que a cuidadora adentrou o prédio, o que levantou suspeitas.
Ao conversar com pessoas do bairro, um vizinho informou que Marcelo pediu, poucas horas antes, uma pá emprestada. Ao fazer vistoria no quintal dos vizinhos, policiais se depararam com o corpo da vítima. Ao que se sabe, o também cuidador de idosos jogou o cadáver pelo muro, pois não conseguiu enterrá-lo.
Conforme o próprio autor do crime, a motivação foi a negativa de Cíntia Ribeiro em beijá-lo. A cuidadora, que estava casada, teria dado um tapa no colega de trabalho. Além disso, Marcelo afirma que estava sob efeito de cocaína durante a ação, o que teria favorecido a cometer tal ato.