MUNDO
Música indígena acreana conquista o mundo: Mapu Huni Kuin no Grammy Latino
A música indígena brasileira ganhou um palco internacional no último Grammy Latino! Mapu Huni Kuin, músico e líder indígena acreano, subiu ao palco em Miami ao lado do DJ Alok, que concorria ao prêmio de Melhor Interpretação de Música Eletrônica Latina com a canção “Pedju Kunumigwe”.
A apresentação, parte do álbum “O Futuro é Ancestral”, lançado em abril no Dia dos Povos Indígenas, marcou um momento histórico: a primeira vez que uma canção indígena brasileira chega à final do Grammy Latino. Embora o prêmio máximo não tenha sido conquistado, a indicação já é uma grande vitória, como destacou o Instituto Alok, responsável pelo projeto.
Mapu Huni Kuin, em suas redes sociais, expressou a alegria e gratidão por ter compartilhado esse momento especial, unindo a cultura indígena à equipe de Alok. “Este é um marco que une todos os povos indígenas e celebra nossa cultura,” escreveu ele.
O álbum “O Futuro é Ancestral”, primeiro trabalho autoral de Alok em parceria com o Instituto Alok, reúne mais de 500 horas de gravações com a participação de mais de 60 artistas indígenas de oito etnias, incluindo a Huni Kuin.
A presença de Mapu Huni Kuin e outros artistas indígenas em Los Angeles em março deste ano já havia dado um gostinho do que estava por vir, mostrando ao mundo a riqueza e a beleza da cultura indígena brasileira.
A participação no Grammy Latino é mais um passo importante para a visibilidade da música indígena brasileira e para o reconhecimento da importância da cultura indígena para o mundo. É uma celebração da ancestralidade, da tradição e da força da música que conecta os povos e atravessa fronteiras.