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POLÍTICA

Haddad descarta alterar meta de primário e diz que bloqueio para 2024 deve chegar a R$5 bi

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'Nós vamos bater com ele (Lula) a redação e, ao fim da reunião de segunda-feira, nós estaremos prontos para divulgar (o pacote fiscal)', afirmou Haddad. Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quinta-feira que o governo está convencido de que será capaz de alcançar o resultado primário projetado para este ano e, portanto, não fará alterações na meta, sendo que o bloqueio de gastos para este ano deve superar 5 bilhões de reais.

“Nós estamos desde o começo do ano reafirmando, contra todos os prognósticos, (que) não vai haver alteração de meta do resultado primário. Nós estamos já no último mês do ano, praticamente convencidos de que nós temos condições de cumprir a meta estabelecida na LDO do ano passado”, afirmou Haddad em entrevista a jornalistas na saída do ministério, em Brasília.

O ministro destacou que, apesar das receitas do governo estarem chegando em linha com estimativas da área econômica, o atual volume de despesas demanda bloqueios nas contas públicas.

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Questionado sobre se o bloqueio para o Orçamento de 2024 ficará em 5 bilhões de reais, como antecipado pela manhã pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, Haddad confirmou a cifra.

“Talvez seja um pouquinho mais, um pouquinho mais do que isso, mas é na casa dos 5 bilhões de reais”, disse.

Ao abordar o pacote de medidas fiscais para os próximos anos, aguardado com ansiedade pelos mercados desde o fim das eleições municipais no mês passado, Haddad afirmou que a data do anúncio será decidida a partir de segunda-feira, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela manhã.

“Nós vamos passar para o presidente a minuta dos atos que já foram minutados pela Casa Civil… e ao fim da reunião de segunda-feira nós estaremos prontos para divulgar. Se faremos isso na própria segunda ou na terça é uma decisão que a comunicação vai tomar, mas os atos já estão minutados”, afirmou.

O ministro também disse ter discutido com Lula um acordo para incluir o Ministério da Defesa no pacote de contenção de gastos e estimou que o impacto das medidas que afetam os militares deve ser de aproximadamente 2 bilhões de reais.

 

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