POLÍCIA
Filho e nora são condenados a mais de 20 anos de prisão por matar e incendiar corpo de ciclista no ES
A Justiça do Espírito Santo condenou o filho e a nora do ciclista e motorista de aplicativo Duramir Monteiro Silva, de 56 anos, morto em Castelo (ES). João Victor Brito Silva e Beatriz Gasoni de Azevedo teriam dopado, esfaqueado e incendiado o corpo da vítima, em junho de 2022. Ambos pegaram mais de 20 anos de prisão.
Conforme a Polícia Civil divulgou na época do crime, Duramir desapareceu em 28 de junho daquele ano, o que causou grande comoção na cidade onde morava, Cachoeiro de Itapemirim. O filho foi encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da cidade, onde acabou confessando o crime durante o depoimento.
“Na oitiva, ele confessou a prática do homicídio contra Duramir e disse que havia ocultado o corpo do pai dele no distrito de Estrela do Norte, na cidade de Castelo, terreno da nora da vítima. Após confessar, o suspeito e a equipe se dirigiram até o local, onde foi identificada uma fossa onde o corpo foi jogado e queimado”, afirmou o delegado Felipe Vivas na ocasião.
Beatriz também confessou o crime. Conforme a Polícia, após matarem o ciclista, o casal enrolou o corpo da vítima em um lençol e um tapete, colocaram no porta malas do carro, compraram gasolina no cartão dele e seguiram para uma propriedade rural.
“Lá chegando, eles colocaram o corpo em uma fossa seca, jogaram 3 litros de combustível no local e atearam fogo duas vezes. De manhã cedo, eles retornaram para o município e foram para a padaria tomar café. É uma frieza que assusta”, reforçou o delegado.
Conforme a TV Gazeta, afiliada da Rede Globo, a polícia concluiu que ambos mataram o ciclista para ficar com a casa e o dinheiro dele. Ambos foram indiciados e o caso foi encaminhado para o Tribunal do Júri. Na noite desta quinta-feira, 21, a dupla foi condenada após mais de 9 horas de julgamento.
João Victor Brito Silva recebeu a pena de 22 anos de prisão em regime fechado e seis meses em regime semiaberto por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, coação no curso do processo, fraude processual e posse irregular de arma de fogo de uso permitido. Já Beatriz Gasoni de Azevedo foi condenada a 20 anos e seis meses de prisão em regime fechado, além de seis meses em regime aberto, por todos os crimes, sem contar a posse de arma.
A defesa da nora afirmou à emissora que analisar a sentença para saber se vai ou não recorrer. Já a defesa do filho alegou que não entrará com recurso, até porque ele admitiu ter cometido o crime no Tribunal do Júri.