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POLÍTICA

Flaviano Melo é sepultado em Rio Branco sob forte comoção e homenagens

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A tarde de sábado (23) em Rio Branco foi marcada pela profunda tristeza da despedida. Sob um céu carregado de emoções, o Acre se despedia de Flaviano Melo, um homem que, por décadas, havia tecido a história política do estado. Ex-prefeito, ex-governador, ex-deputado federal e ex-senador, Flaviano havia partido na quarta-feira (20), em São Paulo, vítima de complicações de uma pneumonia. Seu corpo, agora coberto por uma bandeira do MDB, uma bandeira acreana e uma do Vasco da Gama, encontrava seu último repouso no jazigo familiar do Cemitério São João Batista, ao lado de seu avô, Flaviano Flávio Baptista.

Às 15h41, sob aplausos contidos, o cortejo deixava a sede do executivo estadual. A parada na sede do MDB foi um momento de comoção singular. Balões azuis e brancos, cores do partido que tanto amara, flutuaram para o céu, um silencioso adeus de camaradas e amigos.

No cemitério, a solenidade era palpável. Policiais militares e bombeiros conduziram o caixão até o jazigo. O estrondo da salva de tiros, seguido pelo Hino Acreano tocado pela banda Furiosa da PMAC, ecoou entre os ciprestes, rompendo o silêncio carregado de dor.

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As palavras seguintes foram cheias de emoção. Antônio Klemer deu voz ao presidente estadual do MDB, Vagner Sales, que descreveu Flaviano não apenas como um líder político, mas também como um amigo leal e um defensor incansável dos mais necessitados. O Toque de Silêncio, executado pelo sargento George, trouxe uma pausa de profunda reflexão. João Correia, em nome do ex-governador Nabor Júnior, transmitiu condolências, destacando a grandeza da linhagem política representada por Flaviano.

A voz suave e emotiva de Camile Castro, artista acreana admirada por Flaviano, ecoou com as notas de “Deixa a Vida Me Levar” e “Gostava Tanto de Você”, músicas que transcendiam o luto, lembrando a alegria e a paixão pela vida que Flaviano também cultivava. Suas palavras, carregadas de lembranças pessoais, pintaram um retrato íntimo e terno do homem por trás do político.

A despedida de Leonardo Melo, filho mais velho de Flaviano, carregada de gratidão e emoção, selou o momento de profunda dor e lembranças. Uma oração final, um agradecimento a Deus, encerrou a cerimônia oficial. Os acordes finais de “Naquela Mesa”, de Nelson Gonçalves e Raphael Rabello, e a coroa de flores enviada pelo governador Gladson Cameli, foram os últimos gestos de respeito e lembrança a um homem que dedicou sua vida ao Acre. O silêncio que se seguiu foi o eco da história de Flaviano Melo, para sempre gravada na memória do seu povo.

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