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POLÍCIA

PF revela plano para matar Alexandre de Moraes cancelado por falta de apoio do Exército

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O ministro Alexandre de Moraes estava entre as vítimas selecionadas, assim como Lula e Geraldo Alckmin Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Perfil Brasil

O relatório da Polícia Federal (PF) revelou que o plano para assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi interrompido devido à resistência do Alto Comando do Exército em apoiar uma tentativa de golpe de Estado. A ação, prevista para o dia 15 de dezembro de 2022, fazia parte de um esquema mais amplo para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com o relatório, a articulação golpista dependia da adesão de setores estratégicos das Forças Armadas, mas a negativa de apoio levou ao cancelamento do plano.

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“Apesar de todas as pressões realizadas, o general Freire Gomes e a maioria do alto comando do Exército mantiveram a posição institucional, não aderindo ao golpe de Estado. Tal fato não gerou confiança suficiente para o grupo criminoso avançar na consumação do ato final e, por isso, o então presidente da República Jair Bolsonaro, apesar de estar com o decreto pronto, não o assinou. Com isso, a ação clandestina para prender/executar o ministro Alexandre de Moraes foi abortada”, aponta o documento.

No dia do suposto ataque, Bolsonaro se reuniu no Palácio do Planalto com o general Freire Gomes, comandante do Exército. Antes do encontro, Mario Fernandes, então número dois da Secretaria-Geral, enviou uma mensagem otimista ao general Luiz Eduardo Ramos, conhecido como “Kid Preto”, indicando que o Exército poderia aderir ao golpe.

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“Kid Preto, algumas fontes sinalizaram que o comandante da Força sinalizaria hoje, foi ao Alvorada para sinalizar ao presidente que ele podia dar ordem”, dizia a mensagem.

Entretanto, Freire Gomes manteve a posição institucional, contrariando as expectativas do grupo golpista. O recuo militar inviabilizou o plano, que previa a assinatura de um decreto por Bolsonaro, segundo a PF.

Paralelamente às negociações políticas, uma equipe de seis pessoas estava mobilizada para atacar Alexandre de Moraes. A PF identificou que o grupo utilizava carros de aplicativos, celulares descartáveis e codinomes, como “Brasil”, “Alemanha” e “Japão”, para esconder sua identidade e movimentos.

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“Os elementos de prova apresentados demonstram que a ação clandestina realizada pelos investigados tinha como alvo o ministro Alexandre de Moraes, sendo a equipe de seis pessoas, conforme previsto no planejamento ‘Punhal Verde Amarelo’, dividida em pontos estratégicos próximos ao Supremo Tribunal Federal, à residência funcional do ministro e outros locais relevantes”, detalha o relatório.

 

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