POLÍTICA
Conflito no MDB: Tanízio de Sá e Vagner Sales disputam o controle do partido, diz Eber Machado
A morte do ex-governador Flaviano Melo deixou um vácuo de poder no MDB acreano, acirrando a disputa entre duas facções: a liderada pelo deputado estadual Tanízio de Sá e a do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales. A inelegibilidade de Sales, primeiro vice-presidente do partido, tornou-se o principal ponto de atrito. Enquanto o grupo de Tanízio argumenta pela impossibilidade de Sales assumir a presidência, Sales se apoia em precedentes de outros partidos, onde presidentes inelegíveis ocuparam o cargo.
Essa disputa, que transcende a mera sucessão, envolve estratégias para as eleições de 2026 e a posição do MDB em relação ao governo Gladson Cameli. A aliança ou o rompimento com o governo são peças-chave nessa complexa jogada política.
O vídeo publicado pelo ex-deputado estadual e vereador eleito Eber Machado trouxe à tona a dimensão da crise interna. Machado critica veementemente a disputa, considerando-a um desrespeito à memória de Flaviano Melo e às lideranças históricas do partido, como Vagner Sales. Sua declaração é contundente: “Isso para mim é uma falta de respeito muito grande com a memória do presidente e nosso deputado, nosso senador, governador Flaviano Melo e com a família dele também. Eu acho que chegou o momento de se dar um basta, se o MDB pensa ainda voltar a trilhar um caminho vitorioso, eu acho que chegou o momento de dar um basta nessa situação que estamos vivendo. Esse não é o MDB que eu escolhi, esse não é o MDB que eu recebi o convite do Marcus Alexandre. O que estão fazendo com Vagner é uma falta de respeito muito grande”.
Machado reforça a influência de Sales na formação política do MDB nas últimas eleições, sublinhando a importância de sua experiência e legado para o futuro do partido. A declaração de Machado levanta questionamentos sobre a unidade e o futuro do MDB no Acre, pondo em xeque a estratégia política de cada facção e o respeito à memória de seu líder histórico. A disputa, portanto, vai além de uma simples sucessão; representa uma luta pelo controle do partido e por sua influência no cenário político acreano nos próximos anos. O desenrolar dessa situação promete ser crucial para o futuro do MDB e para a política do estado.