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POLÍTICA

Haddad tenta tranquilizar mercado e diz que isenção do IR ‘não vai ser resolvida em três semanas’

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O ministro Fernando Haddad e o senador Rodrigo Pacheco falaram com a imprensa após se reunirem para tratar do pacote de corte de gastos Foto: Reprodução/TV Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relacionou a alta do dólar nesta quinta-feira, 28, ao receio do mercado de como será conduzida a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. Em entrevista coletiva ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Haddad tentou tranquilizar as especulações e disse que o assunto “não vai ser resolvido em três semanas”.

“Nós vamos abrir um debate importante no País, sobre a questão da Justiça Tributária no Brasil. Mas não é um assunto que vai ser resolvido em três semanas. É um assunto que vai contar com um ano de 2025, que nós pretendemos que seja bastante leve do ponto de vista da agenda legislativa. Nós vamos ter tempo para discutir, abrir os números, para tomar a melhor decisão”, afirmou.

Para o ministro, a discussão do tema é quase inédita. “É uma matéria que nunca foi enfrentada a rigor”, disse Haddad. Ele reforçou que a proposta do governo federal prevê uma reforma de renda neutra e, por isso, seria preciso compensar a arrecadação na outra ponta. Até o momento, a ideia apresentada é que quem ganha mais de R$ 50 mil por mês – ou R$ 600 mil por ano – pague a alíquota mínima do IR, de 10%.

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Ainda sobre a alta do dólar, Haddad disse acreditar que a oscilação vai se “acomodar”, à medida que os investidores entenderem melhor as propostas do pacote.

Reunião com Pacheco

O ministro começou o dia em uma coletiva à imprensa para detalhar as medidas do pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal. Em seguida, Haddad se reuniu com o senador Rodrigo Pacheco também para debater os temas do pacote e pedir por apoio na aprovação do texto quando chegar ao Senado.

“O nosso compromisso no Senado é que, tão logo a Câmara dos Deputados aprecie a Proposta de Emenda à Constituição e o Projeto de Lei Complementar, o Senado submeta diretamente ao plenário para que possa ser ratificado em revisão aquilo que foi definido pelo pacote. Esse compromisso foi feito com o ministro Fernando Haddad, com o ministro [Alexandre] Padilha e com o presidente Lula, do nosso engajamento para que até o final do ano, antes do recesso, possamos apreciar essas medidas da equipe econômica”, afirmou Pacheco.

O senador complementou que nas próximas três semanas, período que antecede o recesso parlamentar, pretende aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias Anual de 2025 (LDO) e ter apreciado as medidas do pacote de gastos.

O ministro Fernando Haddad, porém, não soube afirmar quando o texto será enviado para a Câmara dos Deputados, mas afirmou que o documento já está pronto.

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