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Acre: 197 mortes por intervenção policial em 10 anos; MP cria grupo de trabalho para investigar letalidade

O Ministério Público do Acre (MPAC) está em alerta. Dados preliminares do Observatório Criminal do MPAC apontam 197 casos de mortes por intervenção policial no estado entre 2014 e 2024, um número que exige uma investigação profunda e ações para reduzir a letalidade policial.
Para isso, o Centro de Apoio Operacional de Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização de Presídios (Caop) do MPAC criou um Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de diagnosticar, monitorar e fiscalizar a letalidade e a vitimização policial no Acre. A iniciativa atende à recomendação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que busca combater a violência policial em todo o país.
O GT, coordenado pelo promotor Rodrigo Fontoura, já iniciou seus trabalhos e está realizando um levantamento detalhado junto à Secretaria de Segurança Pública e às polícias militar, civil e penal. A primeira reunião do grupo discutiu a necessidade de aprimorar a coleta e o monitoramento de dados sobre letalidade policial, com foco inicial nos casos registrados entre 2017 e 2024.
O plano de ação, que deve ser concluído em até 60 dias, visa fornecer ferramentas eficazes de monitoramento e fiscalização para reduzir a letalidade e a vitimização policial no estado. O documento será submetido ao procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro, para aprovação.
A criação do GT demonstra a preocupação do MPAC com a realidade do Acre e a necessidade de ações concretas para garantir a segurança da população e a responsabilização por eventuais abusos por parte das forças policiais. O trabalho do grupo será crucial para entender as causas da letalidade policial no estado e para implementar medidas eficazes para reduzir esse problema.
