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GERAL

Mãe de bebê trocado em maternidade revela orientação para não denunciar o caso

Publicado em

Yasmin Kessia da Silva, de 22 anos, mãe de um bebê que foi trocado no Hospital da Mulher em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia (GO), fez uma revelação alarmante: funcionários da maternidade a aconselharam a não denunciar o caso, caso não desejasse trocar as crianças. A situação veio à tona após a descoberta de que seu filho, agora com três anos, não era seu.

A descoberta ocorreu quando o ex-marido de Yasmin, Cláudio Alves, solicitou um exame de DNA durante o processo de divórcio. Com a certeza da paternidade, Yasmin decidiu também fazer o teste, afirmando que, se o filho não fosse do marido, também não seria dela. Para a surpresa de ambos, o resultado revelou que nenhum dos dois era pai da criança.

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“Cheguei ao hospital e disse: ‘meu ex-esposo pediu o DNA da criança e, para minha surpresa, ele não é meu filho, e eu ganhei ele aqui. O que acontece nesses casos?’. Um dos responsáveis me disse: ‘Nesses casos, acontece a troca’. Desesperada, eu repliquei que não queria que tirassem meu filho de mim, e ele sugeriu que eu ‘levasse a situação para debaixo do pano’, sem comunicar a outra família e que convivêssemos com isso”, relatou Yasmin em uma coletiva de imprensa.

Após a descoberta, o ex-casal decidiu procurar a outra família que lembravam ter tido um filho na mesma maternidade e no mesmo dia. Isamara Cristina Mendanha, de 26 anos, e Guilherme Luiz de Souza, de 27 anos, também realizaram o teste de DNA e constataram que seu filho não tinha semelhança genética com nenhum dos dois.

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Ambas as famílias estão profundamente abaladas com a situação, pois desenvolveram vínculos com as crianças ao longo dos três anos. Isamara expressou sua dor e a impossibilidade de imaginar uma troca: “Foram três anos de amamentação, cuidados e educação. Claro que temos um filho biológico, mas queremos nos aproximar e formar uma grande família.”

O Hospital da Mulher, por sua vez, emitiu uma nota afirmando que, ao tomar conhecimento da situação, adotou medidas imediatas para garantir uma investigação completa e transparente. A instituição declarou que oficiou a Polícia Civil, oferecendo todas as informações e documentos necessários para que as investigações sejam conduzidas com rigor e imparcialidade. O hospital reafirmou seu compromisso em colaborar ativamente com as autoridades e esclarecer os fatos, além de identificar eventuais responsabilidades.

A situação traz à tona questões delicadas sobre a responsabilidade das instituições de saúde e o impacto emocional que eventos como este podem ter nas famílias envolvidas. A busca por respostas e justiça continua, enquanto as famílias tentam lidar com a nova realidade que se apresenta.

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