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GERAL

“Vergonhosa”: Advogado critica absolvição de policiais na chacina que matou Cauane, de 11 anos, no Acre

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A absolvição dos cinco policiais militares acusados pela morte de Maria Cauane, de 11 anos, e de dois adultos, Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales, em uma chacina ocorrida em 2018 em Rio Branco, gerou revolta e indignação. O advogado Walisson dos Reis, representando a família da menor, classificou a decisão do júri como “vergonhosa” e denunciou falhas na investigação e uma possível proteção aos acusados.

O julgamento, que durou seis anos, terminou no último domingo (8) com a absolvição dos policiais, apesar das provas apresentadas pelo MPAC e do reconhecimento da culpa por parte dos jurados. Para o advogado, a decisão foi um ataque à justiça e um reflexo da impunidade que permeia o sistema em relação a crimes cometidos por policiais.

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“A revolta é grande. Os familiares esperaram seis anos por justiça, e a decisão do júri foi um tapa na cara de todos que buscam justiça nesse país. É inadmissível que esses policiais, que cometeram uma chacina em um bairro pobre, sejam absolvidos. O que aconteceu é uma vergonha para o sistema de justiça”, afirmou o advogado.

Walisson destacou a composição do júri, formado por servidores públicos estaduais, e a falta de reconhecimento da legítima defesa como justificativa para a absolvição. Ele também criticou a investigação, afirmando que houve corporativismo e proteção aos acusados, e questionou a absolvição de policiais que já respondem por outros crimes, como homicídio e tortura.

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O advogado ressaltou que ações civis já estão em curso para reparar os danos causados às famílias das vítimas. “Dinheiro nenhum vai trazer de volta a Cauane, o Gleiton e o Edmilson, mas o Estado tem o dever de indenizar essas famílias. O artigo 37 da Constituição Federal é claro: o Estado é responsável pelos danos causados por seus agentes”, afirmou.

A luta por justiça para as famílias das vítimas continua, mesmo com a decisão desfavorável no âmbito criminal. Walisson promete recorrer da decisão e buscar a anulação do júri, buscando reparação para as famílias e a responsabilização dos policiais envolvidos na chacina.

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