Operação da Policia Civil do Acre tem influenciadores que divulgam rifas ilegais como alvos

A Polícia Civil do Acre (PCAC) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a operação “Hunter Tiger”. A ação tem como objetivo combater crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, exploração de jogos de azar e realização irregular de rifas.

Coordenada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários (DEFAZ), a operação contou com o apoio do Departamento de Polícia da Capital e do Interior (DPCI) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF). Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores, em ações que envolveram cerca de 60 policiais civis.

As diligências ocorreram nas cidades de Rio Branco, Epitaciolândia, Xapuri e Bujari, no Acre, além dos estados de Alagoas e Paraíba. Em propriedades rurais de Epitaciolândia, Xapuri e Bujari, foram apreendidas 150 cabeças de gado, além de outros bens relacionados à investigação. Já nas localidades de Rio Branco, Alagoas e Paraíba, o foco foi a atuação de influenciadores digitais investigados por promover e organizar rifas ligadas a jogos de azar.

Entre os materiais apreendidos estão celulares, veículos, computadores e uma roleta usada em sorteios considerados irregulares. Durante as diligências, uma pessoa foi presa em uma das residências alvo da operação. Ela possuía um mandado de prisão em aberto expedido pela comarca de Manaus e é suspeita de integrar uma facção criminosa. No entanto, a prisão não está diretamente vinculada à operação “Hunter Tiger”.

O delegado-geral da PCAC, Henrique Maciel, afirmou que a operação integra uma série de ações estratégicas iniciadas neste ano para desarticular esquemas criminosos. “A Polícia Civil do Acre tem se dedicado a desarticular esquemas criminosos que prejudicam a economia e a sociedade como um todo. Essa operação reafirma nosso compromisso com a aplicação da lei e a proteção dos cidadãos,” declarou.

Igor Brito, delegado titular da DEFAZ e responsável pela operação, destacou a complexidade da investigação. “Essa é uma ação complexa que envolve diversas frentes de apuração, desde crimes financeiros até atividades ilícitas que têm impacto direto na sociedade. Estamos interrogando os investigados e analisando os materiais apreendidos para aprofundar as responsabilidades,” explicou.

As investigações seguem em andamento. Os materiais apreendidos estão sendo periciados, enquanto os suspeitos continuam a ser ouvidos pelas autoridades.