Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍTICA

Pacote de corte de gastos tem de ser votado neste ano, diz líder do governo no Congresso

Publicado em

Não há sentido em aprovar lei orçamentária sem aprovar a contenção de gastos', diz o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado / Estadão

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que trabalha com um cronograma de aprovações dos projetos do pacote de corte de gastos ainda neste ano.

“Tudo tem que votar neste ano, tudo: a PEC (Projeto de Emenda à Constituição), o PLP (projeto de lei complementar) e o PL (projeto de lei) têm que ser votados”, disse. “A minha programação, que estou tocando, que estamos planejando, é a votação desses temas na Câmara até a quarta-feira, e o Congresso tem que ficar funcionando o quanto for necessário ficar funcionando.”

Continua depois da publicidade

A declaração ocorreu a jornalistas nesta segunda-feira, 16, no Senado, após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

O governo Lula anunciou em novembro um pacote de cortes de gastos com o objetivo de dar uma sobrevida ao arcabouço fiscal e retomar a confiança no equilíbrio das contas públicas. Até o momento, foram enviados três textos com as medidas do pacote, sendo uma PEC, um projeto de lei ordinário e um projeto de lei complementar

Continua depois da publicidade

A equipe econômica estima uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos com as propostas. Entre as medidas estão a limitação do crescimento do salário mínimo e mudanças nas regras do abono salarial e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Randolfe afirmou ainda que as sessões conjuntas do Congresso Nacional, agendadas para a quarta-feira, 18, e a quinta-feira, 19, podem ser adiadas para a sexta-feira, 20. Nessas sessões, estão previstas as propostas orçamentárias de 2025. Estão pendentes a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

“Não há sentido em aprovar lei orçamentária sem aprovar a contenção de gastos, porque a contenção de gastos é uma roupa que tem que caber no modelito. O modelito é o Orçamento”, afirmou.

Continua depois da publicidade

Em seguida, ele disse considerar que o seu cronograma ultrapasse a sexta-feira, último dia antes do recesso parlamentar: “Estou trabalhando com o cronograma de que nós vamos trabalhar aqui até sexta, se necessário, até depois de sexta, mas que nós vamos terminar o ano votando as medidas necessárias.”

BPC

Continua depois da publicidade

Randolfe disse que Haddad está à disposição para debater, com a Câmara e o Senado, os efeitos do pacote fiscal no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoa com deficiência de baixa renda

“Ninguém quer tirar direito nenhum. Nós queremos, inclusive, colocar os programas sociais na medida correta, para que eles sejam sustentáveis e nunca faltem para alguém”, afirmou.

Ele acrescentou: “Nós queremos garantir o BPC para todos aqueles que precisam. Nós queremos que seja garantida a recuperação do poder real de compra do salário mínimo. Para isso, temos que adequá-lo ao arcabouço fiscal”.

Continua depois da publicidade

Como mostrou o Estadão, a base do PT no Congresso aceita o pacote de medidas de contenção de gastos enviado pelo governo Lula – ainda que a contragosto – desde que haja mudanças na proposta para o BPC.

O relator do projeto de lei do pacote na Câmara, deputado Isnaldo Bulhões (AL), deve, por exemplo, mudar a definição de “deficiência” para beneficiários do programa, afastar a regra de coabitação para cálculo da renda familiar e o uso de patrimônio como prova de renda.

 

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement