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CIDADES

Acre mantém estabilidade nas mortes por AIDS entre 2013 e 2023

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O Acre apresentou uma estabilidade nas taxas de mortalidade por AIDS nos últimos dez anos, conforme os dados divulgados no novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Embora o estado tenha registrado um aumento de 4,5% nos casos de HIV em 2023 em comparação a 2022, refletindo uma melhoria nos diagnósticos, a taxa de mortalidade foi de apenas 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, a menor desde 2013. Em números absolutos, o estado contabilizou 21 mortes pela doença no ano passado.

A capital do Acre, Rio Branco, também se destacou ao apresentar uma taxa de mortalidade inferior à média nacional, com 2,7 óbitos. Esses dados são um indicativo do avanço no diagnóstico e no tratamento da doença, parte de um esforço maior do Brasil para eliminar a AIDS como problema de saúde pública até 2030. Essa meta faz parte do programa “Brasil Saudável”, que visa reduzir 14 doenças e infecções que afetam principalmente populações vulneráveis.

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Perfil das Infecções e Desafios

Em 2023, 70,7% dos casos notificados de HIV foram registrados em homens, sendo 63,2% entre pessoas pretas e pardas e 53,6% em homens que fazem sexo com homens. A faixa etária mais afetada foi a de 20 a 29 anos, com 37,1% dos casos, sendo que, entre os homens, essa faixa etária concentrou 41% das infecções.

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Os dados revelam a necessidade de abordar os determinantes sociais que influenciam a infecção e a doença, além de incluir populações-chave que frequentemente são negligenciadas pelas políticas públicas.

Avanços no Diagnóstico e Tratamento

O Brasil também alcançou um marco importante em 2023 ao diagnosticar 96% das pessoas estimadas como infectadas pelo HIV que desconheciam sua condição. Este progresso é parte das metas globais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para eliminar a AIDS como problema de saúde pública, que incluem diagnosticar 95% das pessoas vivendo com HIV, colocar 95% desses indivíduos em tratamento antirretroviral e garantir que 95% dos tratados tenham carga viral indetectável.

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Atualmente, o Brasil já cumpre duas das três metas globais da ONU, com 96% de diagnóstico e 95% de supressão viral, demonstrando um avanço significativo em relação aos dados anteriores. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, celebrou o cumprimento dessas metas e destacou a importância do diálogo com a sociedade civil para fortalecer essa pauta como política pública.

Próximos Passos

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O aumento no diagnóstico foi impulsionado pela expansão da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), uma estratégia que exige teste para HIV antes do início do tratamento. Isso resultou na detecção de mais pessoas infectadas, que foram imediatamente integradas à terapia antirretroviral. O próximo desafio é reintegrar indivíduos que interromperam o tratamento, especialmente aqueles afetados pelas mudanças nas políticas de saúde nos últimos anos, e garantir que todas as pessoas recém-diagnosticadas tenham acesso a um tratamento eficaz, promovendo assim uma melhor qualidade de vida.

O cenário atual no Acre reflete uma luta contínua contra a AIDS, enfatizando a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para a promoção da saúde pública no estado.

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