Baixa adesão à vacinação contra influenza no Acre preocupa autoridades

O estado do Acre enfrenta uma preocupante baixa adesão à campanha de vacinação contra a influenza, com apenas 22% da população imunizada até o momento. Este número alarmante, aliado a nove óbitos por síndromes respiratórias já registrados em 2024, levou o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) a intensificarem os alertas à população.

A campanha, que oferece a vacina gratuitamente em todas as unidades de saúde até 31 de janeiro, enfrenta o desafio da desinformação e da falta de conscientização. Após esta data, as doses restantes serão descartadas, e um novo lote só chegará em outubro. Essa urgência na vacinação é crucial, pois a proteção oferecida pela dose dura apenas um ano. Quem se vacinou entre outubro e dezembro de 2023 não precisa tomar uma nova dose.

A baixa cobertura vacinal impacta diretamente o sistema de saúde, sobrecarregando hospitais. O promotor de Justiça Ocimar Sales Júnior destaca a vulnerabilidade de crianças, idosos e imunocomprometidos, grupos mais suscetíveis a complicações e óbitos. A secretária adjunta assistencial de Saúde, Ana Cristina Moraes, reforça que a vacina garante proteção contra formas graves da doença, mesmo que não impeça totalmente a infecção. Os dados mostram que a maioria dos casos graves e óbitos ocorreu em pessoas não vacinadas.

O MPAC monitora o acesso à vacinação, combatendo a desinformação e garantindo a disponibilidade de doses. Qualquer dificuldade de acesso, seja por falta de informação, limitação de doses ou outras barreiras, deve ser denunciada ao MPAC ou à Central de Atendimento ao Cidadão. A campanha reforça a importância da imunização para a saúde pública, apelando para a conscientização da população acreana.