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POLÍCIA

CALOTE: Ex-proprietário do Tardezinha, Neto Brito, deixa rastro de dívidas e ex-funcionários desesperados

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Neto Brito, ex-proprietário da renomada casa noturna Tardezinha, que fechou suas portas em março de 2024, enfrenta graves acusações de sonegação de salários e direitos trabalhistas, além de utilizar familiares como “laranjas” para escapar de suas responsabilidades. Diversos ex-funcionários relatam a dificuldade de receber seus direitos, descrevendo um cenário de promessas quebradas, acordos descumpridos e uma sensação de abandono.

Luiz Felipe de Almeida, ex-funcionário desde 2018, relata ter trabalhado sem carteira assinada por anos e, após a regularização, ter sido demitido por falta de pagamento. Mesmo após um acordo judicial, apenas duas parcelas foram pagas, com atraso. Ele acusa Neto de ter “fraudado” a venda do Tardezinha, colocando a empresa em nome de sua esposa, Larissa, para se esquivar de dívidas.

Edryelle Silva, ex-recreadora, também relata ter sido demitida por WhatsApp e ter enfrentado dificuldades para receber sua rescisão. Ela acusa a empresa de ter pago apenas R$ 4.000,00, parcelados em quatro vezes, e de ter liberado apenas R$ 216,00 do seu FGTS.

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Joelma Leite, ex-garçonete, conta que trabalhou por cinco anos, acumulando duas férias e sendo demitida informalmente. Ela ganhou uma causa judicial, mas a empresa não possui bens em nome de Neto, dificultando o recebimento dos R$ 237.000,00 que lhe são devidos.

Jonas Queiroz, outro ex-funcionário, afirma que a sensação é de que Neto arquitetou o não pagamento, utilizando a estratégia de parcelar os acordos para atrasar os processos. Ele relata que Neto deixou o Acre com dívidas trabalhistas, com lojas distribuidoras e até com cantores da cidade.

Luana Pessôa, advogada dos ex-funcionários, critica a prática recorrente de Neto de utilizar “laranjas”, incluindo sua esposa Larissa, Marcelo dos Santos Barros e seu filho Pedro Vinícius, para ocultar os bens e se esquivar de responsabilidades. A advogada destaca a morosidade da Justiça do Trabalho como um fator que beneficia Neto, permitindo que ele escape de suas obrigações.

O contrato de compra e venda do Paradiso Golden, que pertencia a Neto, foi realizado em nome de Larissa, sua esposa. O comprador, Adriano Freitas, afirma ter negociado diretamente com Neto e desconhecer os débitos da empresa.

A reportagem tentou contato com Neto Brito e Larissa das Chagas Rodrigues, mas ambos não retornaram. Os perfis do casal nas redes sociais foram excluídos após a abordagem. A advogada Ariadna Melo, representante legal de Neto, também não atendeu às ligações ou respondeu às mensagens.

O caso levanta questões sérias sobre a falta de proteção aos trabalhadores e a dificuldade de responsabilizar empresas que utilizam estratégias para burlar a lei.

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