RIO BRANCO
Oropouche no Acre: Explosão de casos e alerta para a saúde pública

O estado do Acre enfrenta uma situação crítica com o aumento exponencial de casos de febre Oropouche, doença transmitida por um vírus que se espalha por meio de mosquitos. Em apenas um ano, o número de casos saltou de 60 para 481, representando um crescimento de mais de 700%.
A doença, causada pelo Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma preguiça. Desde então, casos e surtos têm sido registrados principalmente na região Amazônica, incluindo o Acre.
O mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim, é o principal vetor da doença. Após picar um animal ou pessoa infectada, o vírus permanece no inseto por alguns dias, sendo transmitido para outros indivíduos quando o mosquito pica novamente.
A situação se agrava ainda mais com o registro de um óbito em 2024 devido à febre Oropouche. O aumento dos casos e a ocorrência de óbitos levaram o Ministério Público Federal (MPF-AC) e o Ministério Público do Acre (MP-AC) a emitirem recomendações para a adoção de medidas de prevenção e tratamento da doença no estado.
O Acre decretou estado de emergência em saúde pública no dia 8 de janeiro devido ao aumento de casos de arboviroses, incluindo dengue, chikungunya e zika. Entre as semanas epidemiológicas 49 de 2024 e 01 de 2025, foram registrados 810 casos de dengue no estado.
A situação exige ações urgentes por parte das autoridades de saúde pública para conter o avanço da febre Oropouche no Acre. É fundamental intensificar as medidas de prevenção, como o combate ao mosquito transmissor, a conscientização da população sobre os sintomas da doença e a busca por atendimento médico em caso de suspeita.
