ESPORTES
Acusação de racismo em jogo de futebol; esposa de jogador afirma que vítima quis “chamar atenção da mídia”
O caso de racismo que aconteceu durante a partida entre Humaitá e Gazin Porto Velho, no estádio Aluízio Ferreira, em Porto Velho, na noite de quarta-feira (23), ganhou um novo capítulo com a declaração da esposa do jogador Alesson Henrique Ferreira, acusado de proferir ofensas racistas contra o goleiro Digão.
Angelica Gonçalves, em entrevista nesta quinta-feira (23), afirmou que a família está em choque com a acusação e acredita que o jogador foi vítima de uma “interpretação errônea” por parte do goleiro. Ela alega que a discussão entre os jogadores aconteceu no calor do jogo e que não há provas da fala racista, já que o jogo não foi transmitido.
Angelica também levanta a hipótese de que Digão tenha usado a acusação para ganhar visibilidade na mídia. “O rapaz reclamou no final do jogo e provavelmente nem vai lembrar [do que disse], porque o ocorrido foi no início do segundo tempo”, disse, acreditando que o goleiro “ficou colocando palavras” para chamar atenção.
A esposa de Alesson publicou em suas redes sociais uma foto do marido ao lado de um jogador negro, questionando a acusação de racismo. A defesa de Alesson se baseia na ausência de provas e na versão de que a discussão foi interpretada de forma equivocada por Digão.
O caso segue em investigação e, enquanto as provas não forem apresentadas, a versão de cada lado deve ser analisada com cautela. A repercussão do caso, no entanto, coloca em evidência a importância do combate ao racismo no esporte e a necessidade de investigar com rigor todas as denúncias.
Informações: ac24horas