Agentes passam de porta em porta para prender imigrantes ilegais em Chicago, nos Estados Unidos

O Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) anunciou o início de “operações direcionadas e aprimoradas” para localizar e prender imigrantes ilegais em Chicago, no Illinois. Um vídeo mostra os agentes passando pelas casas e realizando as detenções.

A ação do ICE é realizada em conjunto com agências federais e o Serviço de Delegados dos EUA. De acordo com balanço divulgado pelo órgão, 2373 imigrantes foram presos entre os dias 23 e 26 de janeiro. Outros 1.797 mandados foram protocolados.

“O Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA, juntamente com parceiros federais, incluindo o FBI, ATF, DEA, CBP e o Serviço de Delegados dos EUA, começaram a conduzir operações direcionadas aprimoradas hoje em Chicago para aplicar a lei de imigração dos EUA”, escreveu o Serviço de Imigração e Alfândega.

Ainda de acordo com a organização, as operações têm o objetivo de manter estrangeiros criminosos fora da comunidade e, assim, “preservar a segurança pública”.

Segundo informações obtidas pelo jornal The Washington Post, o presidente Donald Trump deseja que o ICE aumente o número de ações para deportação em massa para 1,2 a 1,5 mil prisões por dia.

Os números devem ser distribuídos em, pelo menos, 75 prisões por dia por cada escritório do Serviço de Imigração e Alfândega. Caso este número não seja alcançado, os gerentes serão responsabilizados.

Voos de volta ao Brasil

Na última sexta-feira, 24, um avião com 88 brasileiros deportados pousou no Aeroporto de Manaus (AM). Inicialmente, o voo tinha previsão de ir até Belo Horizonte, mas problemas técnicos forçaram a interrupção do trajeto na capital amazonense.

Essa é a segunda aeronave com deportados a pousar no Brasil em 2025. A primeira chegou no dia 10, ainda durante o governo do democrata Joe Biden, com 114 brasileiros a bordo.

Apesar da série de medidas anti-imigração implementadas por Trump desde sua posse, na última segunda-feira, 20, o Itamaraty aponta que o voo da sexta-feira não tem relação direta com a eleição do republicano.