CIDADES
São Paulo registra 3ª maior inflação de alimentos do País, puxada pela alta da carne bovina
A cidade de São Paulo (SP) teve a 3ª maior inflação de alimentos entre as capitais brasileiras em 2024. A taxa foi de 10,07%, segundo microdados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital paulista só teve uma alta menor que Campo Grande (MS), com 11,3%, Goiânia (GO), com 10,65%.
Campo Grande, Goiânia e São Paulo formam o pódio na lista das maiores altas na alimentação em domicílio em razão do hábito de consumo de carnes bovinas, alimento com peso significativo na inflação. Em Campo Grande, a carne bovina teve alta de 31,32% no ano passado, em Goiânia, alta de 24,21%, e em São Paulo registrou aumento de 26,54%.
Pelos dados do IBGE, em São Luís (MA), os alimentos em domicílio tiveram alta de 9,56%, em Fortaleza (CE) o aumento foi de 8,1%. Já em Recife (PE), com 5,95%, em Salvador (BA), 5,84%, e Aracaju (SE), 5,07%, os aumentos foram menos intensos. Porto Alegre (RS), por outro lado, teve a menor alta dos alimentos em 2024, com aumento de apenas 2,89%.
Confira abaixo a inflação de alimentos nas principais cidades do País
Campo Grande (MS): 11,3%
Goiânia (GO): 10,65%
São Paulo (SP): 10,07%
São Luís (MA): 9,56%
Rio Branco (AC): 9%
Belém (PA): 8,87%
Rio de Janeiro (RJ): 8,7%
Belo Horizonte (MG) : 8,51%
Brasil: 8,23%
Fortaleza (CE): 8,1%
Brasília (DF): 7,86%
Vitória (ES): 7,62%
Curitiba (PR): 7,45%
Recife (PE): 5,95%
Salvador (BA): 5,84%
Aracaju (SE): 5,07%
Porto Alegre (RS): 2,89%
Pressão sobre governo
Diante do aumento, o governo Lula da Silva (PT) tem estudado algumas medidas para baratear os alimentos. Embora não tenha apresentado nada concreto, os ministros têm dado alguns indicativos de medidas e ações que estão em pauta.
Visando o barateamento, o governo pretende, por exemplo, reduzir o custo de intermediação das operações feitas com vales refeição e alimentação, assim como alterar as alíquotas de importação de produtos que estiverem com preços mais altos no Brasil do que no mercado internacional.
Por outro lado, ciente de que não é tributo que está onerando o preço dos alimentos, o governo não pensa em usar o espaço fiscal para a adoção de medidas voltadas à redução de preços de alimentos.
O governo também descarta mudanças na data de validade de alimentos, congelamento de preço, tabelamento ou qualquer intervenção direta nos preços, assim como a concessão de subsídios a produtores. (*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)