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Mototaxistas de Rio Branco: “Não somos contra apps, queremos lei!”

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Foto: Ilustrativa

A polêmica entre mototaxistas e motoristas de aplicativos em Rio Branco ganhou um novo capítulo. O presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Motoboys e Motofretes, Eliberto Gomes, afirmou em entrevista que a categoria não é contra a atuação dos mais de 4 mil motoristas de aplicativos na cidade, mas sim contra a falta de regulamentação do serviço.

“O problema não são os trabalhadores, mas o sistema que opera sem controle”, explicou Gomes. “Muitas vezes, há condutores sem habilitação transportando passageiros, o que aumenta os riscos no trânsito. As pessoas podem pensar que o serviço mais barato é vantajoso, mas em algumas situações, esse barato sai caro.”

Gomes destacou que os mototaxistas de Rio Branco atuam dentro da legalidade há mais de duas décadas, com regulamentação municipal desde 2001 e consolidada em nível nacional em 2012. Ele detalhou os requisitos para a atividade, como idade mínima de 21 anos, CNH categoria A com pelo menos dois anos de validade, curso especializado e certidões de antecedentes criminais.

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O sindicalista criticou a alegação de que as plataformas de aplicativos garantem mais segurança aos passageiros, argumentando que a lei federal (Lei 13.640) regulamenta apenas o transporte por aplicativo para carros, com CNH categoria B. “O transporte de passageiros por moto via aplicativo não está respaldado por essa legislação”, afirmou.

Gomes reforçou que a categoria não é contra os motoristas de aplicativos, mas sim a favor do cumprimento das leis. “Trabalhamos com tarifas regulamentadas pelo município. O que queremos é que a lei seja cumprida para evitar transtornos”, declarou.

O presidente do sindicato demonstrou abertura para a criação de uma plataforma municipal de transporte, desde que seja legalizada. “Se a prefeitura e a RBTrans desenvolverem uma plataforma dentro das normas federais e municipais para oferecer mais segurança à população, não temos nenhum problema com isso”, garantiu.

A declaração de Gomes sinaliza uma possível mudança no debate sobre o transporte por aplicativo em Rio Branco. A categoria, tradicionalmente contrária aos aplicativos, demonstra abertura para a regulamentação do serviço, desde que dentro da legalidade. A criação de uma plataforma municipal, com regras claras e fiscalização rigorosa, pode ser a solução para garantir segurança e justiça para todos os envolvidos no mercado de transporte da capital acreana.

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