Mercado de trabalho brasileiro; um ano de crescimento e novos recordes

O ano de 2024 marcou um novo capítulo na história do mercado de trabalho brasileiro, com a taxa média anual de desemprego atingindo o menor patamar da série histórica, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo IBGE. A taxa de desocupação fechou o ano em 6,6%, representando uma queda de 1,2 ponto percentual em relação a 2023.

O quarto trimestre de 2024 registrou uma taxa de desocupação de 6,2%, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e marcando uma queda significativa de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023. Esse resultado, o menor da série histórica desde 2012, demonstra a resiliência do mercado de trabalho brasileiro, que enfrenta um cenário de aperto da política monetária.

Crescimento da população ocupada e novos recordes

A população ocupada média em 2024 atingiu um novo recorde histórico, com 103,3 milhões de pessoas, representando um crescimento de 2,6% em relação a 2023. Esse crescimento, impulsionado pela recuperação das perdas da pandemia de Covid-19, se estendeu por 2023 e 2024, com ganhos expressivos mesmo após a recuperação da ocupação pós-pandemia.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada também atingiu um novo recorde, com 38,7 milhões de pessoas, um crescimento de 2,7% em relação a 2023. O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado também registrou um aumento de 6%, chegando a 14,2 milhões de pessoas.

Informalidade e subutilização

Apesar do crescimento da ocupação, a taxa anual de informalidade permaneceu em 39%, um leve recuo em relação a 2023. A taxa composta de subutilização, que engloba desocupados, subutilizados e desalentados, caiu para 16,2% em 2024, representando uma redução de 1,8 ponto percentual em relação a 2023.

Rendimento médio e massa de rendimento

O rendimento real habitual médio anual atingiu R$ 3.225, um aumento de 3,7% em relação a 2023. A massa de rendimento real habitual também alcançou um novo recorde, chegando a R$ 328,9 bilhões, um crescimento de 6,5% em relação a 2023.

Perspectivas futuras

Os dados da PNAD Contínua para 2024 apontam para um cenário positivo no mercado de trabalho brasileiro, com uma taxa de desemprego em queda e um crescimento da população ocupada. No entanto, é importante monitorar a evolução da informalidade e da subutilização, além dos impactos do aperto da política monetária sobre o mercado de trabalho.

A próxima divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em janeiro, será em 27 de fevereiro.