POLÍTICA
Davi Alcolumbre retorna à Presidência do Senado com apoio amplo

Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado neste sábado, com 56 votos, garantindo um segundo mandato à frente da Casa Legislativa. Com esse resultado, ele se torna o terceiro presidente do Senado com maior número de votos desde a redemocratização, perdendo apenas para Mauro Benevides (MDB) em 1991 e José Sarney (MDB) em 2003, ambos com 76 votos.
Alcolumbre já havia comandado o Senado durante a primeira metade do governo de Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2021, um período que incluiu o início da pandemia de Covid-19. Na ocasião, ele recebeu 42 votos.
Em seu discurso antes da votação, Alcolumbre defendeu o respeito às prerrogativas dos senadores e um Senado “soberano, autônomo e independente”. Ele também solicitou a retomada das comissões mistas para análise de medidas provisórias, que estão paralisadas devido a um impasse com a Câmara nos últimos anos.
“As comissões mistas são obrigatórias por mandamento constitucional. Suprimi-las ou negligenciá-las não é apenas errado do ponto de vista do processo: é uma redução do papel do Senado”, afirmou Alcolumbre.
A eleição contou com a participação de outros candidatos, Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (PL-SP), que receberam 4 votos cada. Alcolumbre obteve o apoio formal de todos os partidos da Casa, com exceção do Novo e do PSDB.
A Mesa Diretora do Senado também foi definida, com a vice-presidência sendo ocupada pelo PT, partido governista, e pelo PL, de oposição. A divisão dos cargos foi acordada pelas siglas que apoiaram Alcolumbre.
A volta de Davi Alcolumbre à presidência do Senado demonstra a força política do senador e a união de diferentes partidos em torno de sua liderança. A expectativa é que sua gestão seja marcada pela retomada das comissões mistas e pela busca por um Senado mais independente e atuante.
