Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

MUNDO

Na Nova Zelândia, lei garante direitos de pessoa jurídica ao monte Taranaki

Publicado em

Mount Taranaki ganha direitos de 'pessoa jurídica' Foto: Reprodução Instagram

O Parlamento da Nova Zelândia aprovou, na última quinta-feira, 30 de janeiro, uma medida que concede direitos plenos de “pessoa jurídica” ao monte Taranaki, um dos principais cartões-postais do país.

Com a nova legislação, Taranaki Maunga — nome original dado pelo povo maori — passa a integrar a lista de paisagens e elementos naturais da Nova Zelândia reconhecidos como “pessoas jurídicas”, ao lado de um rio afluente da montanha e de uma vasta floresta nativa ao seu redor.

Continua depois da publicidade

Além de conceder direitos ao local, a decisão também reconhece o roubo de Taranaki pelos colonizadores britânicos, cuja invasão resultou na remoção em massa e histórica dos maori da região.

Segundo a Radio New Zealand, o Reino Unido ‘pegou para si’ o monte Taranaki e aproximadamente meio milhão de hectares de terra em 1865. Como parte de um acordo diplomático, o Parque Nacional Egmont –onde a montanha está localizada– anunciou que o monumento será rebatizado como Te Papa-Kura-o-Taranaki, em homenagem às raízes maori.

Continua depois da publicidade

O monte Taranaki é um vulcão adormecido de 2.518 metros de altura, situado na Ilha Norte do país. De grande importância espiritual para os povos maori, que hoje representam 15% da população neozelandesa, a decisão judicial tem sido vista como uma forma de “reparação histórica” para a comunidade originária.

Monte Taranaki já foi palco de polêmica

Em 2017, o monte Taranaki esteve envolvido em uma controvérsia. A modelo neozelandesa Jaylene Cook gerou indignação ao realizar um ensaio fotográfico de teor provocativo no local.

Continua depois da publicidade

“É como se alguém entrasse na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e tirasse uma foto sem roupas”, afirmou Dennus Ngawhare, porta-voz da tribo maori, em entrevista à BBC.

Na mesma reportagem, Ngawhare enfatizou que o monte é considerado sagrado para seu povo e classificou o ato da modelo como “profundamente desrespeitoso”. Em sua defesa, Jaylene afirmou que fez uma pesquisa prévia e, após reflexão, não considerou que o ensaio pudesse ser ofensivo para os maori.

Continua depois da publicidade

Apesar da repercussão, Jaylene não foi a primeira a fazer um ensaio polêmico num local sagrado. Em 2015, um grupo de turistas foi detido na Malásia após tirar a roupa no monte Kinabalu. Eles foram acusados de atentado ao pudor e tiveram que pagar fiança de R$ 4 mil para serem liberados.

 

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement