O Acre Sufoca: Calor extremo assolou o Estado em 2024

O Acre, conhecido por sua exuberante floresta amazônica, enfrentou um calor extremo sem precedentes em 2024, registrando temperaturas acima de 38°C por longos períodos em todas as suas cidades. O estado, localizado na região Norte do Brasil, foi um dos mais afetados pelo calor extremo, com alguns municípios chegando a registrar mais de 100 dias de temperaturas escaldantes.

De acordo com um estudo do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden), baseado em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Acrelândia foi o município que mais sofreu com o calor, atingindo 121 dias com temperaturas máximas de 40°C. Outros municípios como Senador Guiomard, Plácido de Castro e Bujari também registraram mais de 100 dias de calor extremo, com temperaturas máximas variando entre 38°C e 39°C.

O calor prolongado trouxe diversos desafios para a população acreana. A saúde pública foi impactada, com aumento significativo de casos de desidratação, insolação e doenças respiratórias. A agricultura, baseada em cultivos como o açaí e a mandioca, também sofreu perdas consideráveis devido à seca intensa.

O estudo do Cemaden, que utilizou dados diários de temperatura da série histórica entre 2000 e 2024, classificou como “extremo de calor” os dias que superaram os limites de temperatura com base nos recordes históricos. Este método, o mesmo utilizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), demonstra a gravidade da situação no Acre.

O ano de 2024 foi considerado o mais quente da história do planeta, com mais de 6 milhões de brasileiros enfrentando pelo menos 150 dias de calor extremo. A situação no Acre, no entanto, destaca a fragilidade da região amazônica frente às mudanças climáticas e a necessidade urgente de ações para mitigar os impactos do calor extremo.