ENTRETENIMENTO
‘Não faremos patrocínio do show da Lady Gaga; Fernanda Torres estará muito próxima da nossa marca, diz CEO do Itaú

O CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, afirmou que não irá patrocinar o show da Lay Gaga que deve acontecer no início de maio no Rio de Janeiro. Segundo ele, o patrocínio ao show da Madonna, no ano passado, foi algo mais especial, para celebrar os 100 anos do banco.
Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, divulgou hoje, o Santander fechou um acordo de três anos com a Prefeitura do Rio para o patrocínio desses grandes shows anuais, começando com o da Lady Gaga este ano.
Falando sobre o marketing do banco durante apresentação dos resultados do quarto trimestre, Maluhy disse que a atriz Fernanda Torres, que concorre ao Oscar de melhor atriz por sua atuação no filme “Ainda Estou Aqui”, já fazia parte da estratégia de comunicação do banco antes desssas premiações, assim como sua mãe, Fernanda Torres, e seguirá “muito próxima da marca”.
Consignado privado
Sobre o novo consignado privado, em construção pelo governo junto aos bancos, Maluhy afirmou que é uma “super oportunidade”. “Pode vir a ser um programa de crédito muito forte, muito positivo para o país”, disse.
Hoje, o mercado de consignado privado é de cerca de R$ 40 bilhões e o Itaú tem uma participação aproximada de 30%. Maluhy afirmou que o banco prefere ter uma participação menor, mas de um mercado que pode ser quatro ou cinco vezes maior.
Ele disse que há desafios de implementação do projeto, mas que, depois de pronto, facilitará muito a participação das empresas. “O novo consignado precisa ser distribuído por todos os canais, não pode haver monopólio de um marketplace”, acrescentou.
O CEO afirmou também que é preciso abordar o risco de sobreendividamento no início do novo consignado privado.
Agenda ESG
Maluhy afirmou que o banco tem muito conforto com suas agendas de diversidade e de princípios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) e não fará nenhuma mudança. “Não tomamos medida por moda, mas por convicção, até para não ficar à mercê das tendências”, disse.
Segundo ele, alguns retrocessos que estão sendo vendo em empresas dos Estados Unidos têm a ver com as políticas do novo presidente, Donald Trump, mas o Itaú não vai alterar suas agendas. O banco inclusive anunciou um aumento na sua meta de crédito sustentável, que passou de R$ 400 bilhões para R$ 1 trilhão, a ser atingida até 2030.
Questionado se houve um exagero no mau humor dos mercados financeiros no fim do ano passado, ele disse que a reação talvez tenha ficado “acima do razoável”, por isso o Banco Central realizou intervenções, também para compensar o fluxo mais forte de saída de dólares. “Agora estamos em um patamar mais razoável de câmbio”, comentou, afirmando que há expectativa grande com as políticas do governo e lembrando que houve uma mudança na liderança do Congresso.
