Moraes mantém prisão de militar suspeito de planejar atentado contra Lula

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, um dos militares suspeitos de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão, tomada nesta quinta-feira (6), rejeita o pedido de liberdade feito pela defesa de Oliveira, que argumentava falta de provas sólidas contra o oficial.

Oliveira foi preso em novembro de 2022, durante a operação Tempus Veritatis, que investiga uma trama golpista envolvendo militares e civis para impedir a posse de Lula após a vitória nas eleições. As investigações apontam que Oliveira teria viabilizado uma linha telefônica para a execução do atentado e atuado como consultor para garantir o sucesso do plano, que também visava o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Moraes.

A defesa de Oliveira argumenta que não há denúncia formal contra ele e que as buscas e apreensões realizadas até o momento não resultaram em provas suficientes para condená-lo. No entanto, o ministro Moraes considerou que os indícios de participação de Oliveira no planejamento do atentado são fortes o suficiente para justificar a manutenção da prisão preventiva.

A decisão de Moraes reforça a gravidade das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e a necessidade de apurar com rigor as responsabilidades de todos os envolvidos. A prisão de Oliveira e outros militares envolvidos no caso demonstra a importância de combater qualquer ameaça à democracia e às instituições brasileiras.