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Oxitec Rebate Críticas de Infectologista Acreano e Defende Eficácia do Aedes do Bem

A Oxitec, empresa inglesa com sede no Brasil e desenvolvedora da tecnologia Aedes do Bem™️, respondeu às críticas do médico acreano Alan Areal, que questionou a eficácia e o custo da técnica em entrevista ao programa Médico 24 Horas.
Areal havia expressado dúvidas sobre a tecnologia, argumentando que estratégias mais baratas são comprovadamente eficazes no combate à dengue. Em resposta, a Oxitec destacou que o Aedes do Bem™️ é aprovado pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) para uso comercial desde 2021, e que a tecnologia tem sido crucial na redução da proliferação do mosquito Aedes aegypti.
A empresa explicou que o método consiste na soltura de mosquitos machos geneticamente modificados que se reproduzem com as fêmeas do Aedes aegypti, gerando apenas machos autolimitantes, o que reduz significativamente a população de fêmeas transmissoras de doenças. A Oxitec também enfatizou que a técnica não causa danos a outras espécies de insetos benéficos, como abelhas e borboletas, sendo segura para o meio ambiente.
Em relação à afirmação de Areal sobre a tecnologia ser resultado de mutação genética e estar sob estudo, a Oxitec esclareceu que o Aedes do Bem™️ não envolve mutação genética, mas sim uma modificação genética, e apresentou dados de projetos pilotos realizados em Indaiatuba (SP) e Congonhas (MG) que demonstraram uma redução significativa na população de Aedes aegypti e nos casos de dengue nas áreas tratadas.
A empresa também respondeu a questionamentos sobre o suposto vencimento do material armazenado pela Secretaria Municipal de Saúde em Rio Branco e sobre a troca de produtos sem ônus para a administração pública. A Oxitec afirmou que atua em Rio Branco através de distribuidores comerciais licenciados e não mantém contratos diretos com o poder público.
A Oxitec reafirmou que a solução não está mais em estudo e que já foi aprovada pela CTNBio para uso comercial. A empresa também destacou que o Aedes do Bem™️ é uma ferramenta importante no combate ao Aedes aegypti e que a tecnologia vem sendo utilizada com sucesso em diversas cidades do Brasil.
Confira a nota completa de Oxitec
Em resposta à aspas do entrevistado, a Oxitec declara que:
– A tecnologia da Oxitec, contida nos Aedes do Bem™️ não envolve mutação genética, mas sim uma modificação genética. Os mosquitos Aedes do Bem possuem uma característica autolimitante. As Caixas do Bem possuem ovos do Aedes do Bem™️, que eclodem ao serem ativados com água limpa. Uma vez adultos, esses mosquitos machos procuram ativamente e acasalam com as fêmeas do Aedes aegypti, e desse cruzamento só nascem novos machos autolimitantes, resultando na redução significativa das fêmeas transmissoras de doenças. Este método não prejudica outras espécies de insetos benéficos ao meio ambiente, como abelhas e borboletas, sendo seguro para o ecossistema. É uma solução de manejo integrado com outros protocolos de combate ao Aedes aegypti já existentes.
– A solução não está mais em estudo. Já foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para uso comercial desde 2021.
– O Aedes do Bem™️ já tem eficácia comprovada
Em Indaiatuba, no interior de São Paulo, um projeto piloto realizado em parceria com as autoridades municipais demonstrou uma redução de até 96% na população de Aedes aegypti nas áreas tratadas, comparadas a regiões não tratadas. O projeto foi supervisionado pela CTNBio por cinco anos, com os resultados publicados em 2022 na revista científica Frontiers in Bioengineering and Biotechnology. Em publicação recente na página oficial da Prefeitura, o prefeito de Indaiatuba destacou que “os mosquitos transgênicos resultaram em uma diminuição de 84% dos números de casos confirmados de dengue na região da soltura”.
Em Congonhas, Minas Gerais, a utilização do Aedes do Bem™️ durante a alta temporada de mosquitos conseguiu conter o aumento de casos de dengue em meio a uma epidemia nacional em 2024, sendo reportados pela Secretaria de Saúde 91% menos casos na cidade em comparação com cidades vizinhas. Desde a implementação da tecnologia, em julho de 2023, os índices de infestação do mosquito apresentaram queda significativa. O Índice LIRAa de janeiro de 2024, por exemplo, foi de 1,8, melhorando em relação aos 2,8 registrados no ano anterior. Em maio de 2024, após 1 ano de utilização da tecnologia, Congonhas alcançou um marco histórico, com a inexistência de criadouros do mosquito em 1.004 imóveis vistoriados.
