No texto, o Minaspetro ainda diz que a declaração de Lula teria sido “maldosa”, considerando que o presidente estaria “afrontando” a classe produtiva e causando ruídos na economia desde o início de seu terceiro mandato.
“Ora, Luiz Inácio, a impressão é de que você sabe como funciona a dinâmica do mercado de combustíveis, mas se vale de uma narrativa cruel para criar uma cortina de fumaça e, como de praxe, usa essas e outras frases politicamente para tentar se salvar dos péssimos índices de aprovação, que o mergulharam em um buraco sem fim.”
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Na nota, o sindicato lembra, entre outros pontos, que a cadeia produtora considera outros fatores, como custo de distribuição, margem de lucro, frete e “desafios”, como o crime organizado que estaria usando o setor para lavagem de dinheiro. Além disso, conforme o Minaspetro, os donos de postos seriam “pequenos empresários que sustentam suas famílias com seu ofício” e contribuem com a economia.
“Para não falar que discordamos 100% das falas do presidente, sim, estamos sendo todos assaltados pelo intermediário, porém esse intermediário não é a classe produtiva e sim o governo e essa máquina de gastar e tributar, que no setor de combustíveis parece ter uma ânsia sem limites e sem fim”, complementa. “A culpa não é do posto, é do imposto presidente!”
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As declarações de Lula foram feitas em anúncio do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras, em Angra dos Reis (RJ), nessa segunda-feira (17 de fevereiro). Na ocasião, o presidente afirmou que, muitas vezes, a Petrobras não tem “culpa nenhuma” nos aumentos dos preços do gás, do diesel, do álcool e da gasolina. Ele culpou os Estados e os postos, ao dizer ser importante informar a população sobre os responsáveis para “o povo saber quem xingar”.