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CIDADES

‘Tadala no bolso’: jovens revelam uso frequente de medicamentos para disfunção erétil em SP

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Jovens revelam uso frequente de medicamentos para disfunção erétil em SP Foto: Getty Images

Um remédio para disfunção erétil que virou até nome de música e meme nas redes sociais: tadalafila. O medicamento atua como vasodilatador e é usado por algumas pessoas até mesmo para aumentar a performance na academia. A prática virou pauta no Profissão Repórter, da Globo, desta terça-feira, 18, que abordou o uso crescente entre jovens na faixa dos 20 anos.

“Eu fui comprar um Tadala de 20 / Quando vi minha ex / Comprando uma pílula do dia seguinte”, diz o trecho de uma canção de Tierry, lançada em 7 de fevereiro. O refrão faz referência clara ao medicamento e é prova de como a substância já faz parte do imaginário popular, principalmente do público mais jovem.

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A automedicação sem supervisão, no entanto, é perigosíssima. Com a crescente procura pelo remédio, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) chegou a emitir um alerta.

“Seu uso deve aderir estritamente às orientações, evitando práticas que possam comprometer a saúde pública. A combinação de prática de exercícios físicos com o uso irresponsável de medicamentos é encarada como potencialmente prejudicial à sociedade”, esclareceu a conselheira federal de Farmácia de Sergipe, Fátima Cardoso, em nota publicada em 2024.

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Apesar dos perigos, não é necessário receita para comprar o famoso “tadala” em farmácias. A facilidade talvez explique a popularização e o aumento expressivo na procura do medicamento.

Segundo um levantamento realizado pelo Profissão Repórter, os remédios que contêm a substância tadalafila estão entre os mais vendidos do País, atrás apenas da semaglutida, contida no famoso Ozempic. Desde 2023, mais de 43 milhões de unidades do “tadala” foram comercializadas no Brasil.

Efeitos colaterais

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“Eu sinto o coração meio acelerado às vezes, quando eu tomo. Para as mulheres, eu nem falo nada, não pode nem saber, agora, para os caras, na resenha, todo mundo já toma, já é normal hoje em dia”, relatou um jovem de 23 anos ao Profissão Repórter, ao ser abordado em um bar em São Paulo.

A aceleração cardíaca citada pelo rapaz é um dos efeitos colaterais previstos na bula do tadalafila. Os mais comuns incluem dor de cabeça, indigestão, dor nas costas, rubor facial, congestão nasal e dores musculares. Raramente, ainda pode acontecer alterações na visão, audição ou batimentos cardíacos.

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A gravidade dos efeitos colaterais, principalmente no público jovem, reafirma a necessidade em procurar acompanhamento médico para o uso do tadalafila. Homens com problemas cardíacos ou que tomam medicamentos contendo nitratos devem ficar ainda mais atentos.

Em nota de repúdio à popularização da substância, o CFF destacou a prescrição médica como imprescindível. “O uso desse medicamento deve ser sempre prescrito por um médico e os pacientes devem seguir cuidadosamente as instruções de dosagem e administração sob orientação do farmacêutico”, alerta.

 

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