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POLÍTICA

Denúncia contra Bolsonaro gera guerra de gritos na Câmara: ‘sem anistia’ e ‘Lula ladrão’

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Denúncia contra Bolsonaro gera guerra de gritos na Câmara Foto: Reprodução/Estadão

Minutos após a Procuradoria-Geral da República (PGR) oferecer denúncia nesta terça-feira, 18, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o líder de um plano golpista após as eleições de 2022, a sessão da Câmara foi interrompida por uma batalha de gritos. Enquanto a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gritava “sem anistia”, a oposição bradava “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

Diante dos gritos, a sessão teve que ser interrompida pelo presidente da sessão José Rocha (União-BA). Rocha deu uma dura reprimenda aos parlamentares e disse que a Câmara viveu um “espetáculo feio e absurdo”.

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“Que coisa feia. Colegas deputados participando de um ato horroroso desse, feio. Falta educação. O plenário é para discutir ideias. Não é possível que o parlamento brasileiro, a Câmara dos Deputados tenha um espetáculo tão feio quanto o que estamos vendo aqui”, afirmou Rocha.

De acordo com a denúncia da PGR, Bolsonaro foi o líder de uma organização criminosa “baseada em projeto autoritário de poder” e “com forte influência de setores militares”. Também foi apontado como liderança da trama o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto, que está em prisão preventiva.

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“A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático”, diz um trecho da denúncia.

Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro rebateu a denúncia da PGR chamando-a de “inepta”, “precária” e “incoerente”. Os advogados do ex-presidente também alegam que a denúncia é baseada em um acordo de colaboração “fantasioso” do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.

O posicionamento de Bolsonaro também afirma que, “a despeito dos quase dois anos de investigações, (…) nenhum elemento que conectasse minimamente o (ex-) presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado”.

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Em nota, os advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua, que representam Braga Netto, chamam a denúncia de “fantasiosa”. O texto diz ainda que o general “está preso há mais de 60 dias e ainda não teve amplo acesso aos autos, encontra-se preso em razão de uma delação premiada que não lhe foi permitido conhecer e contraditar”. “A defesa confia na Corte, que o STF irá colocar essa malfadada investigação nos trilhos”, conclui.

 

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