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POLÍCIA

Médico alegou que adolescente tinha ‘útero invertido’ para justificar abuso sexual, diz Ministério Público

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Ministério Público de Goiás denunciou e solicitou a prisão do médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O médico Alfredo Carlos Dias Matos Júnior, denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por abusar sexualmente de uma adolescente de 17 anos em Goiânia, disse à vítima que ela tinha o útero invertido, e que por isso, deveria passar por um procedimento no consultório. Foi então que ele cometeu o crime. A informação é da TV Anhanguera, afiliada à Rede Globo.

O médico já foi condenado pelo assassinado da ex-mulher em 2011. A defesa alega que tomou conhecimento do caso por meio das notícias na imprensa, e que só irá se manifestar após ter acesso ao processo.

O MP pediu a prisão do médico, mas a Justiça negou. Por outro lado, ele deve ser submetido ao cumprimento de medidas cautelares.

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O crime aconteceu em 6 de abril de 2023, por volta das 16h, no consultório médico do Hospital Ruy Azeredo. A unidade declarou que não recebeu intimação da Justiça e que desconhece qualquer processo envolvendo o médico. À TV, a unidade reforçou o compromisso em colaborar com o Poder Judiciário, mas não respondeu se ele continua atuando no hospital.

Segundo a denúncia, a jovem teria procurado atendimento em março de 2023 por sentir dores no estômago. O cirurgião gástrico solicitou exames como endoscopia e a ultrassonografia do canal vaginal. Em abril, ao retornar para a consulta, ele afirmou que a paciente tinha um problema chamado “anteversão no útero”, que é popularmente conhecido como “útero invertido”. Ele sugeriu que essa seria a causa das dores da jovem.

Ela foi instruída durante o atendimento a tirar a roupa e deitar na maca. O MP relata que o médico tocou os seios da paciente com o pretexto de ensiná-la a fazer o autoexame das mamas. Depois, segundo o documento, colocou luvas e introduziu os dedos na parte íntima da jovem, alegando que estava “colocando o útero no lugar”. A vítima sentiu dor, e a mãe pediu que ele parasse. Ele então retirou os dedos e afirmou que havia corrigido a posição do útero.

Após a consulta, a mãe e a filha procuraram um ginecologista, que disse que a prática feita pelo médico não tinha nenhum respaldo técnico. Foi quando elas decidiram fazer a denúncia.

Segundo a promotoria, o médico teria se aproveitado da profissão para cometer o crime e já foi alvo de outras acusações semelhantes.

 

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