POLÍTICA
Senadores acreanos divergem sobre denúncia contra Bolsonaro por golpe

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022 gerou diferentes reações entre os senadores acreanos.
Alan Rick e Márcio Bittar (União Brasil) se posicionaram contra a denúncia, enquanto Sérgio Petecão (PSD) afirmou confiar na Justiça. Rick argumentou que a denúncia apresenta “claro desvio de garantias processuais”, questionando a jurisprudência aplicada ao caso de Bolsonaro, que deixou o cargo e, portanto, perdeu o foro privilegiado. Ele também apontou a falta de provas concretas para sustentar a acusação de tentativa de golpe.
Bittar, em vídeos nas redes sociais, classificou a denúncia como esperada e acusou a PGR e o STF de promoverem uma “fake news” ao insistirem na narrativa de golpe. Ele destacou a trajetória política de Bolsonaro, enfatizando sua ausência de envolvimento em casos de corrupção e sua atuação durante a pandemia e a guerra na Ucrânia. Bittar prometeu lutar contra a retirada de Bolsonaro do processo eleitoral e defender sua anistia no Congresso Nacional.
Petecão, por sua vez, afirmou ter acompanhado a notícia pela imprensa, mas sem aprofundar-se no assunto. Ele reiterou sua confiança na Justiça e enfatizou que decisões judiciais devem ser cumpridas, deixando claro que sua posição não é influenciada por seu passado político com Bolsonaro. A divergência de opiniões entre os senadores reflete o cenário político nacional polarizado em torno da figura de Jair Bolsonaro.
