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Bebê morre após parto em ramal; família acusa demora do SAMU em Cruzeiro do Sul

Um recém-nascido morreu após o parto em um ramal na zona rural de Cruzeiro do Sul, no Acre, na terça-feira (4). A família acusa o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de demora no atendimento, alegando dificuldades para contato e inadequação da primeira ambulância enviada.
A mãe, grávida de pouco mais de sete meses, entrou em trabalho de parto na região da Vila Lagoinha. Segundo Tancleilson Pereira da Silva, amigo da família, a ligação para o SAMU (192) não foi atendida, obrigando-os a acionar a Polícia Militar para solicitar uma ambulância.
Silva relata que a ambulância da PM demorou a chegar e, ao chegar, não era equipada para lidar com a emergência de um parto. A criança nasceu às margens da estrada, antes da chegada de uma ambulância adequada do SAMU. Devido ao tempo de espera, o bebê nasceu debilitado e, mesmo com a chegada de uma segunda ambulância do SAMU, veio a óbito dentro da viatura. A família questiona a demora, considerando a proximidade de um hospital com suporte SAMU.
O gerente geral do SAMU regional Juruá, médico Luiz Augusto Barreiros, confirmou o atendimento, informando que o recém-nascido era prematuro extremo (30 semanas), com baixo peso (1,7 kg). Ele justificou a demora pela localização remota do local e pela falta de sinal telefônico, além de ressaltar que a gravidade do caso poderia resultar em óbito mesmo em ambiente hospitalar. Barreiros explicou que a equipe básica mais próxima foi enviada inicialmente, e que uma equipe avançada foi acionada posteriormente, mas o óbito foi constatado ao chegar.
O caso levanta questionamentos sobre a eficiência do atendimento pré-hospitalar em áreas rurais e a necessidade de melhorias na comunicação e infraestrutura para garantir o atendimento oportuno em situações de emergência.
