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POLÍCIA

Sobrinha de pediatra preso por suspeita de estupro diz também ter sido abusada em 1991: ‘Alívio’

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O médico Fernando Cunha Lima foi preso por suspeita de estuprar ao menos seis crianças Foto: Reprodução/TV Paraíba

Uma sobrinha do pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, preso suspeito de estuprar seis crianças em João Pessoa, na Paraíba, denuncia também ter sido vítima de abusos pelo médico, em 1991. Hoje com 42 anos, Gabriela Cunha Lima tomou coragem para compartilhar sua história após surgir a primeira denúncia feita pela mãe de uma criança, em julho do ano passado.

Após a prisão de Fernando, Gabriela enviou um depoimento em vídeo à TV Cabo Branco, afiliada da Globo na Paraíba. “Ter um estuprador de crianças a menos na rua é motivo de conforto. Você ter o seu estuprador na prisão depois de 33 anos é um motivo de alívio, de muito alívio”, disse.

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A mulher detalhou que foi vítima de abuso quando visitava uma casa de praia do médico com a família. O pediatra teria a chamado em seu quarto e a abusado. Gabriela contou que só teve coragem de dizer algo para a família dois anos depois do acontecido e, na época, o caso não foi denunciado.

“Isso era uma coisa que eu sempre quis. Eu nunca neguei que eu sempre quis que ele fosse preso. Eu nunca neguei que eu sempre quis que ele tivesse o destino que estupradores têm e que merecem ter, mas isso era uma coisa quase inalcançável por 33 anos”, desabafou.

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“Primeiro quando eu soube da denúncia, das outras vítimas, foi uma coisa que me salvou porque eu podia me apegar aquilo para brigar pela justiça. Não tem canto nenhum, enquanto vivo ele estiver, que não seja a prisão. Hoje é um dia que acalenta meu coração”, disse, finalizando o depoimento.

Por já ter se passado mais de 30 anos, o caso de Gabriela prescreveu na Justiça brasileira e ela não pode denunciar formalmente o ocorrido. Porém, ela foi incluída no processo das outras vítimas como testemunha.

Prisão

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Fernando Cunha Lima foi preso na manhã de sexta-feira, 7. A jornalistas, na Central de Polícia em João Pessoa, ele disse ter certeza de que não vai continuar preso. “Agora, com a minha doença, eu não vou ficar preso. Tenho certeza. Eu vou ficar só dois dias e saio”, declarou aos repórteres.

Ele também afirmou que era inocente, que estava foragido porque não queria ser preso e que não se entregou antes porque os advogados não o orientaram a fazer isso. Lima é investigado por uma série de abusos a crianças e estava foragido há quatro meses.

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A primeira denúncia foi feita pela mãe de uma criança de 9 anos. Ela afirmou ter visto o médico tocar as partes íntimas da menina durante uma consulta no consultório dele, na capital paraibana. Depois que o caso veio à tona, uma série de vítimas procuraram as autoridades para denunciar situações semelhantes.

 

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