RIO BRANCO
Banco de horas: Policiais penais do Acre em protesto contra decisão da PGE

Policiais penais do Acre realizaram um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Aleac) contra um parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que suspende o direito ao banco de horas (BH) para servidores com filhos ou parentes de primeiro grau com deficiência. A manifestação, ocorrida na manhã de terça-feira (18), reforça a indignação dos servidores com a medida que afeta diretamente suas finanças e a capacidade de cuidar de seus dependentes.
O presidente da Associação dos Policiais Penais do Acre, Carlos Leopoldo, explicou que o parecer da PGE impacta principalmente policiais penais em escala especial, que necessitam do BH para complementar a renda familiar e arcar com os altos custos do tratamento de seus filhos com deficiência. Ele destacou a importância do banco de horas para garantir o acesso a terapias, consultas médicas especializadas e outros cuidados essenciais.
Átila Cruz, policial penal com um filho portador de paralisia cerebral, relatou o impacto devastador da medida. A suspensão do BH compromete diretamente sua capacidade de proporcionar o tratamento adequado ao filho, limitando passeios e atividades importantes para seu desenvolvimento. Ele enfatizou que a lei que garante horário especial para servidores com filhos com deficiência não impede a realização do banco de horas, tornando a decisão da PGE ainda mais incompreensível.
A manifestação expressa a profunda preocupação dos policiais penais com a falta de amparo do Estado em uma situação que exige suporte financeiro e emocional. O protesto busca sensibilizar os representantes do Legislativo e pressionar o governo a reverter o parecer da PGE, garantindo o direito ao banco de horas e assegurando a assistência necessária às famílias dos servidores com filhos com deficiência. O depoimento emocionado de Átila Cruz reforça a urgência da questão e a necessidade de uma solução justa e humana por parte do governo acreano.
