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Médicos do Acre anunciam greve caso demandas não sejam atendidas

Os médicos da rede pública estadual decidiram retomar a greve a partir do dia 8 de maio, caso o governo do Acre não atenda às reivindicações da categoria. A decisão foi tomada durante assembleia geral extraordinária realizada na noite de terça-feira, 25, pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC).
Entre as principais demandas da classe estão o fim de cortes considerados irregulares em remunerações, incluindo o pagamento de plantões e gratificações, além de medidas para coibir casos de assédio moral em unidades de saúde. De acordo com o Sindmed-AC, a categoria vem registrando reclamações sobre essas questões há anos, o que já motivou paralisações anteriores.
A estratégia definida pelo sindicato prevê um prazo para que o governo estadual possa apresentar soluções. No dia 5 de maio, os profissionais devem se reunir novamente para avaliar se houve avanços nas negociações. Caso as reivindicações não sejam atendidas, a paralisação será por tempo indeterminado.
O presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, afirmou que as reclamações sobre cortes salariais são recorrentes e afetam diretamente os profissionais. Ele destacou que o sindicato tem buscado diálogo com a gestão estadual, mas que, diante da falta de respostas efetivas, a greve se tornou uma alternativa para pressionar por mudanças.
Além da questão salarial, o sindicato também cobra providências contra relatos de assédio moral na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito e em outras unidades de saúde do estado. Segundo Pulici, o tema já foi discutido em reuniões com gestores e apresentado formalmente por meio de documentos, mas a situação não foi solucionada até o momento.
O Sindmed-AC reforçou que a categoria segue aberta ao diálogo e espera que as negociações avancem dentro do prazo estipulado. Entretanto, caso as reivindicações não sejam atendidas, a paralisação dos serviços médicos será mantida até que haja uma solução concreta.
