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Dia Mundial do Autismo: A importância do diagnóstico precoce e da inclusão

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado anualmente em 2 de abril, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 com o objetivo de promover maior entendimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e incentivar a inclusão das pessoas autistas na sociedade.
Aumento dos diagnósticos reforça necessidade de conscientização
Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, apontam que a prevalência do TEA tem aumentado significativamente ao longo dos anos. Em 2004, estimava-se que uma a cada 166 crianças era diagnosticada com autismo. Em 2020, a proporção mudou para uma em 54, e, em 2023, o número chegou a uma em 36 crianças de oito anos. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que aproximadamente 2 milhões de brasileiros estejam dentro do espectro autista.
A crescente quantidade de diagnósticos reforça a importância da detecção precoce. De acordo com especialistas, identificar os sinais do transtorno nos primeiros anos de vida pode possibilitar um acompanhamento adequado, contribuindo para o desenvolvimento da criança e melhorando sua qualidade de vida.
Sinais do autismo e o papel do diagnóstico multidisciplinar
Os sinais do autismo podem variar entre indivíduos, mas alguns comportamentos podem indicar a presença do transtorno. Entre os principais estão:
Pouco ou nenhum contato visual;
Não responder ao próprio nome;
Atraso na fala e na comunicação gestual;
Dificuldade em interações sociais;
Comportamentos repetitivos;
Interesse intenso por temas ou objetos específicos;
Sensibilidade exacerbada a estímulos sensoriais, como luzes, sons e texturas.
O diagnóstico do TEA é baseado em critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e pela Classificação Internacional de Doenças (CID). Segundo especialistas, o processo diagnóstico deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar, que pode incluir neuropediatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
Abordagens terapêuticas e a importância da inclusão
O tratamento para pessoas com autismo deve ser personalizado e envolver profissionais de diferentes especialidades. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma das abordagens mais recomendadas, pois auxilia no desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e motoras.
Além disso, o apoio da família, da escola e do ambiente de trabalho é essencial para garantir a inclusão efetiva de pessoas com TEA na sociedade. “Valorizar a singularidade de cada indivíduo e oferecer suporte adequado é essencial para que todos tenham a oportunidade de se desenvolver plenamente”, destaca o psicólogo Daniel Carvalho, especialista em neurodesenvolvimento.
*com informações de Infomoney
