RIO BRANCO
Pai reencontra filha após dois anos de separação no Acre

A distância de dois anos e milhares de quilômetros se esvaiu em um abraço apertado. Na última sexta-feira (28), um pai residente em Toledo, Paraná, finalmente reencontrou sua filha de sete anos, no Acre. Um reencontro carregado de emoção, mas também de uma árdua jornada de busca e trabalho em equipe, que demonstra a importância da rede de proteção à infância.
A história começou com a busca desesperada de um pai que, após perder o contato com sua filha, buscou auxílio no Conselho Tutelar de sua cidade. A partir daí, um elo vital se formou, conectando o Paraná ao Acre através do Programa Rede Humanizada de Apoio a Meninas e Meninos (Rhuamm) e o Subnúcleo de Direitos Humanos 1 da Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC).
A tarefa não foi simples. Sem informações precisas sobre o paradeiro da criança, a Defensoria Pública, com a perspicácia e a dedicação da equipe do Rhuamm, iniciou uma busca minuciosa. A chave para o sucesso veio de uma informação aparentemente pequena: a matrícula da menina em uma escola estadual. Esse fio condutor permitiu rastrear sua última residência conhecida.
Mas o reencontro não se tratava apenas de encontrar a criança; era preciso garantir que ele ocorresse com segurança e respeito. A DPE/AC mobilizou uma rede de apoio impecável, envolvendo o Conselho Tutelar, a polícia comunitária e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Cada instituição desempenhou seu papel crucial, assegurando um ambiente tranquilo e legalmente amparado para o momento tão esperado.
O abraço que selou o reencontro foi o resultado de um trabalho conjunto, um triunfo da colaboração entre diferentes esferas de atuação. Após o emocionante encontro, a DPE/AC continuou seu papel, orientando o pai sobre os procedimentos legais para a regularização da guarda da sua filha. Um relatório técnico foi elaborado, a fim de fornecer subsídios para as decisões judiciais, garantindo a proteção da criança em todas as etapas do processo.
Esta história não é apenas um caso de sucesso, mas um testemunho da força da solidariedade e da importância da rede de proteção à infância no Brasil. Demonstra como a cooperação entre órgãos públicos, instituições sociais e a comunidade pode, de forma eficaz, restituir laços familiares e assegurar o bem-estar de crianças em situações de vulnerabilidade. A jornada deste pai e filha ilustra a esperança e a possibilidade de reconciliação, mesmo diante de desafios consideráveis.
