POLÍTICA
Rick e Bocalom trocam acusações em guerra por projetos em Rio Branco

A disputa política em Rio Branco transcendeu as redes sociais, com o senador Alan Rick (União Brasil) e o prefeito Tião Bocalom (PL) travando um embate público sobre a implementação de projetos de infraestrutura e saneamento na capital acreana. A troca de acusações, repleta de contradições e informações divergentes, expõe uma profunda divergência de estratégias e prioridades para o desenvolvimento da cidade.
O foco da discórdia reside em três projetos cruciais: a construção do novo 7º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), a construção do Parque Cidade e, principalmente, a erradicação dos lixões no estado. Alan Rick acusa Bocalom de obstruir esses projetos, enquanto o prefeito rebate as acusações, apresentando justificativas e contrapondo com informações que questionam a versão do senador.
O ponto mais crítico da divergência gira em torno do projeto de erradicação dos lixões, financiado pelo Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional e Sustentável (FDRIS). Rick afirma que o projeto possui recursos federais garantidos, sem custos para os municípios. Bocalom, por sua vez, contesta essa afirmação, alegando mudanças nos valores apresentados pelo senador e a ausência de garantias por parte do governo estadual para o ressarcimento em caso de não execução do projeto. A recusa de Bocalom em assinar o contrato, através do consórcio Cinreso, é justificada pela preocupação com o endividamento dos municípios. Ele contrapõe a proposta de Rick com um projeto alternativo, que, segundo ele, exigirá investimentos menores das prefeituras, embora com uma capacidade de processamento de lixo significativamente menor. Rick, por sua vez, acusa Bocalom de ter um “acordo nebuloso” com uma empresa externa ao estado, sem transparência e estudos técnicos confiáveis.
A construção do novo 7º BEC também se tornou palco de divergências. Bocalom justifica a demora na doação do terreno necessário para a construção alegando a complexidade do processo de desapropriação, que envolve etapas como levantamento topográfico e avaliação de valor. Rick, no entanto, critica a falta de agilidade e a ausência de formalização do terreno, acusando o prefeito de usar “desculpas” para justificar a inércia.
Em resumo, o embate entre Alan Rick e Tião Bocalom expõe uma crise de comunicação e de gestão em Rio Branco. A falta de transparência e a divergência de informações dificultam a avaliação da veracidade das acusações e a compreensão das reais motivações por trás das divergências. A população de Rio Branco se encontra no meio dessa disputa, aguardando a resolução dos impasses e a concretização dos projetos que prometem melhorias significativas para a cidade. A transparência e o diálogo aberto são cruciais para superar esse impasse e garantir o desenvolvimento de Rio Branco.









