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MUNDO

‘Fórmula tarifária de Trump não faz sentido econômico’, diz análise de instituto conservador americano

Publicado em

Trump ao anunciar as tarifas dos EUA a outros países Foto: GettyImages

“A fórmula tarifária do presidente Trump não faz sentido econômico. Também é baseada em um erro.” É assim que o American Enterprise Institute (AEI) inicia a divulgação de seu estudo que questiona a forma como a administração do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou às tarifas anunciadas aos países estrangeiros na semana passada.

O instituto, que diz acreditar “na força americana e na liderança global”, afirma que as tarifas estabelecidas pelo republicano não são “recíprocas”, como Trump afirma. O estudo é assinado pelos economistas Stan Veuger e Kevin Corinth.

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“A tarifa que os Estados Unidos estão colocando em outros países é igual ao déficit comercial dos EUA dividido pelas importações dos EUA de um determinado país, dividido por dois, ou 10%, a taxa que for maior. Então, mesmo que os Estados Unidos não tenham déficit comercial (ou superávit comercial) com um país, eles ainda recebem uma tarifa mínima de 10%”, avalia o AEI.

O texto continua dizendo que é errado considerar o déficit comercial com um dado país como relação para tarifas e barreiras comerciais, já que esse número seria determinado ainda por fluxos de capital internacional, cadeias de suprimentos, vantagem comparativa, etc.

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“Mas mesmo que alguém levasse a fórmula tarifária da Administração Trump a sério, ela comete um erro que inflaciona as tarifas que se supõe serem cobradas por países estrangeiros em quatro vezes. Como resultado, as tarifas ‘recíprocas’ impostas pelo Presidente Trump também são altamente inflacionadas”, acrescenta o instituto.

A análise razões matemáticas para que o cálculo feito pela administração Trump esteja errado. Entre elas, os economistas dizem que “é inconsistente multiplicar a elasticidade da demanda de importação em relação aos preços de importação pela elasticidade dos preços de varejo em relação às tarifas.”

Segundo a correção sugerida por Veuger e Corinth, a taxa tarifária imposta aos países pelos EUA deveria reduzir a um quarto do que o que foi anunciado. Pelo cálculo dos economistas, a taxa não excederia 14% para nenhum país. Para todos, exceto alguns países, a tarifa seria exatamente 10%, o piso imposto pela administração Trump. O Brasil, inclusive, está dentro desse piso.

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Para American Enterprise Institute, a China, por exemplo, deveria ser taxada em 10%, em vez dos 34% anunciados originalmente pelos EUA.

“Agora, nossa visão é que a fórmula na qual a administração se baseou não tem fundamento nem na teoria econômica nem na lei comercial. Mas se vamos fingir que é uma base sólida para a política comercial dos EUA, deveríamos pelo menos ter permissão para esperar que os funcionários relevantes da Casa Branca façam seus cálculos cuidadosamente”, acrescenta o texto dos economistas.

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