RIO BRANCO
Sindicato da PRF rebate acusações de Deputado Ulysses após acidente fatal

O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Acre (SINPRF) refuta as acusações feitas pelo deputado federal Coronel Ulysses, que alegou acobertamento por parte dos agentes da PRF em acidente ocorrido na Via Verde no dia 17 de abril. O acidente, que resultou em um morto e três feridos, envolveu uma camionete que perdeu o controle, causando colisões múltiplas.
O SINPRF afirma que a equipe da PRF agiu de acordo com os procedimentos legais, priorizando o atendimento às vítimas e a segurança da cena do acidente. Gabriel Pacheco, do departamento jurídico do sindicato, explica que a equipe da PRF chegou ao local após a Polícia Militar já ter iniciado os primeiros socorros. Foram realizados os procedimentos padrões: atendimento aos feridos, sinalização da área, identificação dos envolvidos e teste do etilômetro no motorista da camionete, que resultou negativo. A não condução imediata do motorista à delegacia se deu pela falta de efetivo e pela ausência de previsão legal para prisão em flagrante neste caso específico, uma vez que o motorista prestou socorro às vítimas. A decisão de não solicitar apoio à Polícia Militar para conduzir o motorista se baseou na avaliação de segurança feita pela equipe da PRF no local.
Celso Oliveira, presidente do SINPRF, expressou profunda decepção com as declarações do deputado Coronel Ulysses, especialmente considerando sua experiência na área de segurança pública. Oliveira classificou como lamentável a utilização de uma tragédia para promoção política, acusando o deputado de imputar crimes aos agentes da PRF sem fundamento. O sindicato exige uma retratação pública do deputado, ameaçando recorrer à justiça caso ela não ocorra. O SINPRF destaca a atuação exemplar da PRF na ocorrência e reitera que os agentes cumpriram rigorosamente a lei. A omissão do deputado em propor alterações legislativas, caso discorde da legislação vigente, também foi criticada. A atitude do deputado, segundo o sindicato, configura crime ao alegar falsamente a prática de crimes por parte dos agentes.
